Português 4
Questão 12: No segundo parágrafo, os segmentos iniciados por as riquezas (...), as honrarias (...) e os prazeres (...) deixam subentendida a forma verbal: (A) aspiram. (B) contêm. (C) obtêm. (D) suscitam. (E) existem.
(E) existem. Comentário: Deve-se observar nesta questão o motivo da vírgula após as palavras "riquezas", "poder", "honrarias", "prazeres". Elas marcam a elipse de um verbo e são seus sujeitos. A questão apenas pede para identificar o verbo. No texto, temos: "Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma única forma de utilização: as riquezas (existem), para serem gastas; o poder (existe), para ser cortejado; as honrarias (existem), para suscitarem os elogios; os prazeres (existem), para deles se obter satisfação..." Essa estrutura ocorre para não haver repetição de vocábulo facilmente subentendido no contexto. Gabarito: E
Questão 6: TRT 24ªR 2006 Técnico (banca FCC) Palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em: (A) negócios e únicos. (B) município e amazônica. (C) mantém e tamanduás. (D) tucunarés e santuários. (E) ecológicos e tuiuiús.
Comentário: "negócios" é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo oral seguido de "s"; "únicos" é acentuada por ser proparoxítona; "município" é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo oral; "amazônica" é acentuada por ser proparoxítona; "mantém" e "tamanduás" são oxítonas terminadas em "em" e "a", esta seguida de "s"; "tucunarés" é oxítona terminada em "e", seguida de "s"; "santuários" é paroxítona terminada em ditongo oral seguido de "s"; "ecológicos" é proparoxítona e "tuiuiús" é acentuada por haver hiato de ditongo seguido de vogal na oxítona. Assim, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C
Questão 39: Pol Civ MA 2006 Médio (banca FCC) Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) O desrespeito aos objetos que testemunham o progresso cultural da humanidade culminou com saques e contrabando de obras raríssimas. (B) O caos provocado por situações e conflito entre países atinge seu ápice quando se destrói um acervo de importantes documentos históricos. (C) Autores de relevo foram perseguidos em todas as épocas, acusados de disseminar idéias revolucionárias contra o sistema vigente. (D) Tropas invasoras nem sempre agem com a sencibilidade necessária quando se trata de preservar tezouros culturais da humanidade. (E) Obras valiosas foram destruídas em imensas fogueiras ateadas por líderes, cegos pelo radicalismo de suas convicções.
Comentário: "sensibilidade" e "tesouros". Note que a palavra "ideias" perdeu o acento gráfico por possuir ditongo aberto tônico "éi". Tal acento era admitido até 31 de dezembro de 2015, tendo em vista a Nova Reforma Ortográfica. Gabarito: D
Questão 33: TRT 6ªR 2006 técnico (banca FCC) Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Altos índices de inadimplência refletem o descompasso entre os rendimentos do trabalho assalariado e a grande oferta de financiamentos. (B) A expanção do mercado de trabalho esbarra nas crises em setores regionais, como o da agricultura no Sul, decorrente da escassês de chuvas. (C) Segmentos produtivos que se voltaram exclusivamente para a exportação ampliaram as demissões, devido a perdas no mercado internacional. (D) A frustração de não conseguir uma vaga leva pessoas a optarem pelo estudo, no intuito de melhorar a capacitação e ampliar oportunidades. (E) Apesar da expectativa de aumento na oferta de crédito, as instituições financeiras estão sendo mais rigorosas na concessão de empréstimos.
Comentário: (expandirsexpansão, escassosescassez) Gabarito: B
Questão 15: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC) Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a "pureza" do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia. Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o "espírito de corpo", o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos. Atente para o que se afirma abaixo: I. impressionar os neófitos. Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado correto será: "impressioná-los". II. o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los... O pronome "los" refere-se a "jargões". III. o que lhes confere um ar postiço e hermético... O pronome "lhes" refere-se a "expressões". Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) I e III. (C) II. (D) III. (E) I e II.
Comentário: A afirmativa I está correta. O verbo "impressionar" é transitivo direto. Como o termo "os neófitos" é o objeto direto, cabe a substituição pelo pronome "os". Já que o verbo termina com a letra "r", exclui-se tal letra e se insere "l" antes do pronome "os". Assim, devemos eliminar as alternativas (A), (C) e (E). A afirmativa II está correta, pois "os jargões" é o único termo plural e masculino, além de se entender do texto que cultivar os jargões pode camuflar as relações entre patrão e empregado. Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o "espírito de corpo", o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá- los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos. A afirmativa III está errada, pois se entende que os jargões são alvo constante da crítica, por abrigarem muitas expressões de outras línguas e isso confere aos jargões um ar postiço e hermético. Além disso, nota-se que os jargões possuem viés pretensioso. Assim, os pronomes "lhes" e "seu" referem-se a "Os jargões". Veja: Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. Gabarito: E
Questão 18: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC) Fragmento do texto: O cerne da questão é que os "profetas da catástrofe", os pessimistas históricos do final do século XIX e começo do século XX, de Burckhardt a Splengler, foram ultrapassados pela concretude de catástrofes de dimensões e horrores jamais previstos. No entanto, alguns desdobramentos poderiam ser e foram previstos. Embora pouco se tenham feito ouvir no século XIX, essas previsões se encontram no século XVIII, e foram negligenciadas porque nada poderia justificá-las. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO Em alguns desdobramentos (linhas 4 e 5), o pronome foi usado para indicar, de modo indeterminado, indivíduos da espécie referida pelo substantivo.
Comentário: A afirmativa está correta, pois o pronome indefinido "alguns" é empregado para generalizar o substantivo "desdobramentos". Note que a classe gramatical substantivo é empregada para denominar seres de mesma espécie. Isso ratifica que a afirmação está correta. Gabarito: C
Questão 20: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC) Fragmento do texto: Acredito que os interessados se mostram aptos à função para a qual estão se candidatando quando agem com ponderação diante de cada desafio, ou seja, reflete-se sobre o caso proposto e procura-se avaliar de forma imparcial os possíveis aspectos divergentes que nele estejam em jogo. Esse bom-senso lhes permitirá antecipar consequências futuras. Quando expressam sua opinião, que o faça com decoro e cuidado, para garantir sua real intenção. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO O emprego de Esse é equivocado, pois o pronome não pode retomar palavra (bom-senso) que não tenha sido mencionada explicitamente antes.
Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome demonstrativo "Esse" retoma a ideia de bom-senso, implícita nas expressões "agem com ponderação diante de cada desafio", "reflete-se sobre o caso proposto" e "procura-se avaliar de forma imparcial os possíveis aspectos divergentes". Entende-se pelo contexto que essas são ações de "bom-senso". Assim, o pronome demonstrativo pode, sim, retomar expressão subentendida, isto é, aquela que resume a informação anterior. Gabarito: E
Questão 17: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC) Fragmento do texto: Mesmo assim, muitos duvidam que essa falência seja real. Essas pessoas costumam achar que aconteceu algum acidente e que agora o dever é restaurar a ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança. Rotulam quem fala e pensa de outra maneira de "profeta da catástrofe", cuja sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o bem e o mal por toda a eternidade. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO Em aconteceu algum acidente (linha 2), o pronome tem valor idêntico ao que tem na frase "Com essa dedicação, tem obtido algum elogio da crítica especializada"
Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome indefinido "algum" (linha 2) generalizou a palavra "acidente", tendo o mesmo valor de "qualquer" (aconteceu um acidente qualquer). Já o pronome "algum" na frase inventada na questão (esta frase não foi retirada do texto) tem valor de "um pouco", "pouca quantidade". Veja: "...tem obtido pouco elogio da crítica especializada..." Gabarito: E
Questão 23: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC) Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural. Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latinoamericana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO A palavra Só está empregada com o mesmo valor do notado na frase "É ela só que arranja as flores nas cerimônias", isto é, como reforço demonstrativo do pronome, equivalendo a "mesmo", "próprio".
Comentário: A afirmativa está errada, pois, no fragmento do texto, o vocábulo "só" é um advérbio e significa "somente", "apenas". Veja: Somente uma coisa não mudou... Apenas uma coisa não mudou... Já, no trecho "É ela só que arranja as flores nas cerimônias", o vocábulo "só" é um adjetivo e tem como emprego reforçar o valor demonstrativo (ela mesma, ela própria). Veja: "É ela sozinha que arranja as flores nas cerimônias" "É ela mesma que arranja as flores nas cerimônias" "É ela própria que arranja as flores nas cerimônias" Assim, há valores diferentes. Gabarito: E
Questão 15: ISS SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal I (banca FCC) Fragmento do texto: Ao que parece, nada envelheceu nessas palavras. Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) A grafia de envelheceu está correta, como o está a de "rejuveneceu".
Comentário: A afirmação está errada, pois a grafia correta é "rejuvenesceu". Gabarito: E
Questão 32: DPE SP 2010 Superior (banca FCC) A frase inteiramente correta é: (A) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão nobre, para a cerimônia de apresentação das credenciais. (B) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar a ordem em que se apresentarão os conferencistas. (C) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços. (D) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no relatório que lhe entregamos. (E) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos a programação do evento.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a locução verbal da voz passiva "está sendo aguardado" concorda com o sujeito "Vossa Excelência" em número singular e no gênero masculino, pois se sabe que a autoridade é do sexo masculino. Na alternativa (B), os verbos e pronomes que se referem ao pronome de tratamento "Vossa Senhoria" devem se flexionar em terceira pessoa do singular (Vossa Senhoria bem sabe, Senhor Diretor, que deverá determinar a ordem em que se apresentarão os conferencistas.) Na alternativa (C), o cargo de prefeito não deve ser tratado com vocativo "Excelentíssimo Senhor", apenas os chefes de poder federal têm direito a esse vocativo. Além disso, o pronome possessivo adequado é "suas" (Senhor Prefeito, suas determinações estão sendo repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços.) Na alternativa (D), o tratamento adequado a governador é "Vossa Excelência". (Dirigimo-nos a Vossa Excelência, Senhor Governador, para expor as dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no relatório que lhe entregamos.) Na alternativa (E), o verbo e o pronome referentes ao pronome de tratamento devem se flexionar em terceira pessoa (Se Vossa Senhoria quiser, estaremos ao seu dispor para realizarmos a programação do evento.). Gabarito: A
Questão 19: TCE AM 2008-Analista Técnico de Controle Externo (banca FCC) O emprego e a grafia de todas as palavras estão corretos na frase: (A) É difícil haver uma recepção concensual do sentido das palavras: Helvétius surprendeu-se com o atribuído a amor-próprio. (B) O mal entendimento do termo amor-próprio concitou Helvétius a investir contra os detratores de La Rochefoucauld. (C) Mesmo o mais exitoso filósofo tem de enfrentar os empecilhos criados por pessoas sem qualquer envergadura intelectual. (D) La Rochefoucauld, celebrizado por seu verve de humor, criou máximas que transporam as fronteiras do tempo e do espaço. (E) As pessoas indignadas, que assacavam as idéias de La Rochefoucauld, justificavam o fato alegando ser o filósofo um nilista impedernido.
Comentário: A alternativa (A) está errada, e a grafia correta seria "consensual" e "surpreendeu-se". A alternativa (B) está errada, pois não há o advérbio "mal", mas o adjetivo "mau", pois se observa o par opositivo "bom entendimento", "mau entendimento". Não confunda com "mal-entendido", que é um adjetivo composto. O substantivo composto formado do substantivo "amor" e do pronome "próprio" está corretamente grafado com hífen. O verbo "concitar" está corretamente grafado com "c". O substantivo "detratores" está corretamente grafado e tem o sentido de "aquele que deprecia o mérito de outrem". A alternativa (C) é a correta, pois "exitoso" é gerado do substantivo "êxito". Note também a grafia correta de "empecilhos". Na alternativa (D), o verbo "celebrizar" está corretamente grafado com "z", por ser gerado do adjetivo "célebre". O substantivo "verve" está corretamente grafado e significa "calor de imaginação que anima o artista". O problema nesta alternativa é a flexão de verbo "transpor", o qual é derivado de "pôr". Assim: as máximas puseram, as máximas transpuseram... Na alternativa (E), perceba que o verbo "assacavam" é o pretérito imperfeito do indicativo do verbo "assacar", que significa "imputar, inventar ou espalhar calúnias sobre outrem". Os adjetivos "nilista" e "impedernido" estão errados, pois devem ser grafados da seguinte maneira: niilista (adepto da doutrina segundo a qual nada existe de absoluto: niilismo) e "empedernido" (insensível, duro). Note que a palavra "ideias" perdeu o acento gráfico por possuir ditongo aberto tônico "éi". Tal acento era admitido até 31 de dezembro de 2015, tendo em vista a Nova Reforma Ortográfica. Gabarito: C
Questão 14: TRE PR 2012-Analista Judiciário (banca FCC) A frase correta do ponto de vista da grafia é: (A) Sempre ansiosos, desenrolaram no saguão apinhado a faixa com que brindavam os recém-formados, com os seguintes dizeres: "Viagem bastante e divirtam-se, nobres doutores". (B) Era grande a insidência de casos de enjoo quando era servido aquele alimento, por isso o episódio não foi tratado como exceção, atitude que garantiu o êxito das providências. (C) Em meio a tanta opulência da mansão leiloada, encontrou a geringonça que, tratada criativamente por ele, garantiu por anos seu apoio a entidades beneficientes. (D) Seus gestos desarmônicos às vezes eram mal compreendidos, mas seu jeito afável de falar, sem resquícios de mágoa, revelava sua intenção de restabelecer a paz entre os familiares. (E) Defendeu-se dizendo que nunca pretendeu axincalhar ninguém, mas as suas caçoadas realmente humilhavam e incitavam à malediscência.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o contexto nos mostra o verbo "viajar" no imperativo afirmativo ("Viajem"), não o substantivo "viagem". Note que está correta a grafia "recém-formados", pois o prefixo "recém-", seguido de adjetivo, recebe hífen. A alternativa (B) está errada, pois o verbo "incidir" gera o substantivo "incidência". Note que, com a nova reforma ortográfica, o hiato com vogal dobrada não recebe acento. Assim, "enjoo" está corretamente grafado. A alternativa (C) está errada, pois a grafia correta do adjetivo é "beneficentes". A alternativa (D) é a correta. Note que "harmônicos" possui "h". Mas, quando recebe o prefixo "des", exclui-se o "h": "desarmônicos". A alternativa (E) está errada, pois a grafia correta deve ser "achincalhar" e "maledicência". Gabarito:D
Questão 19: SEPLAG-MG 2012 Professor (banca FCC) Considere o que está sendo afirmado com base em cada um dos segmentos abaixo. Está correto o que consta em: (A) Por que chamamos de zebra a uma pessoa estúpida, que não tem as qualidades da zebra? Esta sabe muito bem defender-se dos perigos pela vista, pelo olfato e pela velocidade, sem esquecer a graça mimética de suas listas, úteis para a dissimulação entre folhas. O emprego do pronome demonstrativo Esta, em substituição à palavra zebra, garante a continuidade lógica e coerente do desenvolvimento. (B) Gosto muito de La Fontaine, não nego; a graça de seus versos vende as fábulas, que são entretanto uma injúria revoltante à natureza dos animais, acusados de todos os defeitos humanos. O emprego do pronome possessivo seus com o substantivo versos, no plural, cria ambiguidade no contexto, marcada ainda pela forma verbal vende, no singular. (C) O moralista procura corrigir falhas características de nossa espécie, atribuindo-as a bichos que, não sabendo ler, escrever ou falar as línguas literárias, não têm como defender-se, repelindo falsas imputações. O pronome relativo que tem por referente, no contexto, o substantivo moralista. (D) O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ouriço e toda a multidão de seres supostamente irracionais, mas acusados de todos os vícios da razão humana, teriam muito que retrucar, se lhes fosse concedida a palavra num sistema verdadeiramente representativo, ainda por ser inventado. No lugar do pronome pessoal oblíquo lhes poderia ter sido empregada a forma os, porque substitui a expressão todos os vícios da razão humana.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o pronome demonstrativo "Esta" retoma o último de dois elementos expressos anteriormente ("pessoa estúpida" e "zebra"). Assim, evitou-se repetir o substantivo "zebra" desnecessariamente, dando continuidade a texto. A alternativa (B) está errada, pois não há ambiguidade no fragmento. Entendemos que é a graça dos versos de La Fontaine que vende as fábulas. Veja que o pronome possessivo "seus" só pode remeter a "La Fontaine": "Gosto muito de La Fontaine, não nego; a graça de seus versos vende as fábulas." A alternativa (C) está errada, pois o pronome relativo "que" retoma o substantivo plural "bichos". Veja: "...bichos que (...) não têm como defender-se, repelindo falsas imputações." A alternativa (D) está errada, pois o pronome "lhes" retoma a expressão "O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ouriço e toda a multidão de seres supostamente irracionais". Além disso, tal pronome não pode ser substituído por "os", por cumprir a função sintática de objeto indireto. Veja: (...se lhes fosse concedida a palavra...) OI + loc verbal trans indireta + sujeito (...se a palavra fosse concedida a eles...) sujeito + loc verbal trans indireta + OI Gabarito: A
TRT 1ªR - 2013 - Técnico Judiciário - Área Administrativa (banca FCC) Visão monumental Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado sonhador do Brasil. Morto em 5 de dezembro de insuficiência respiratória, a dez dias de completar com uma festa, no Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica baseado em uma interpretação do corpo da mulher. Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família, tendo ingressado no partido por inspiração de Luiz Carlos Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não correspondera a seu sonho, descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990. "O comunismo resolve o problema da vida", acreditou até o fim. "Ele faz com que a vida seja mais justa. E isso é fundamental. Mas o ser humano, este continua desprotegido, entregue à sorte que o destino lhe impõe." E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para Brasília a partir do planopiloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? Ele acreditava incutir o ardor em quem experimentava suas construções. Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha "as montanhas do Rio dentro dos olhos", aquelas que um observador pode vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção. Niemeyer vira a possibilidade de construir ali a imagem moderna do País. E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade empenhada? Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer. No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil. (Adaptado de Rosane Pavam. CartaCapital, 07/12/2012, www.cartacapital.com.br/sociedade/a-visao-monumental-2/) Questão 5: O texto sugere que, (A) ainda que a construção de Brasília, projetada por Niemeyer, possa não ter concretizado a modernidade sonhada pelo arquiteto, a cidade teria se tornado genuína representação desse sonho grandioso. (B) considerados os seus mais importantes projetos, a revolução empreendida por Oscar Niemeyer na arquitetura estaria evidentemente ligada a sua filiação ao partido comunista. (C) mesmo que não se possa estender esse sentimento para o conjunto da obra de Niemeyer, Brasília provocaria certo mal-estar no observador, o que teria origem no projeto monumental de Lucio Costa. (D) na biografia de Niemeyer, ressaltaria uma contradição insolúvel entre sua origem e suas convicções políticas, o que acabaria se resolvendo em suas obras monumentais, que misturam sonho e realidade. (E) embora Brasília seja considerada a principal criação de Oscar Niemeyer, o próprio arquiteto não teria ficado satisfeito com a cidade, pois não corresponderia ao que havia sonhado.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois se refere às últimas frases do texto. Compare os fragmentos: Texto: "E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade empenhada?¹ Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer.² No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil." Alternativa: ainda que a construção de Brasília, projetada por Niemeyer, possa não ter concretizado a modernidade sonhada pelo arquiteto,¹ a cidade teria se tornado genuína representação desse sonho grandioso.² Veja as demais alternativas: A alternativa (B) está errada, pois o primeiro parágrafo nos esclarece que "Oscar Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica baseado em uma interpretação do corpo da mulher.", e não em sua filiação ao partido comunista, como afirma a alternativa. A alternativa (C) está errada, pois Brasília não provoca mal-estar no observador. Na realidade, o texto afirma que "...desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para Brasília a partir do plano-piloto de Lucio Costa." A alternativa (D) está errada e não encontra amparo nos argumentos do texto. Nele, não há contradição entre a origem e as convicções políticas de Niemeyer. O texto apenas indica que ele foi o único ateu e comunista da família, mas isso não quer dizer contradição. Também não nos mostra que suas obras se baseiam na mistura de sonho e realidade. A alternativa (E) está errada. Primeiramente, devemos observar que o texto não nos informou explícita ou implicitamente que o projeto de Brasília tivesse sido a principal criação de Niemeyer. Além disso, não se pode afirmar que Niemeyer não ficou satisfeito com a cidade, pois o texto informa que "Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção". Bom, haver certa decepção não significa insatisfação com Brasília. Além disso, o texto finaliza que "Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer." Isso vai contra a afirmação da alternativa de que a cidade "não corresponderia ao que (ele) havia sonhado". Gabarito: A
Questão 31: TRF 4ªR - 2004 - Analista (banca FCC) A grafia de todas as palavras está correta na frase: (A) A sentença foi exarada sem que o juiz sequer vislumbrasse os subterfúgios de que lançou mão o pertinaz advogado de defesa. (B) A alta inscidência de erros judiciais constitui - ou deveria constituir - um alerta para que nossos juristas analizem com mais sensatez os ritos processuais. (C) Acabam sofrendo discriminação, nos julgamentos, os réus mais pobres, assistidos por advogados pagos irrizoriamente pelo herário público. (D) Um advogado honesto deve sentir-se pezaroso por ter de enfrentar a malícia de pares seus, que chegam a se gabar por ganharem uma causa inescrupulozosamente. (E) É no fringir dos ovos - na hora da sentença - que se verá se o juiz se deixou ou não coptar pela argumentação falaciosa do esperto advogado.
Comentário: A alternativa (A) é a correta. Cuidado com o vocábulo "pertinaz". Veja a correção das palavras das demais alternativas: (B): incidência, analisem. (C): irrisoriamente (derivado de irrisório), erário. (D): pesaroso (derivado de pesar), inescrupulosamente (o sufixo formador de adjetivo "osa" está seguido do sufixo formador de advérbio "mente"). (E): frigir (fritar), cooptar. Veja que "falacioso" está corretamente grafado pois é gerado do substantivo "falácia". Neste contexto, coube o adjetivo "esperto" (inteligente, ágil). Note que também há o adjetivo "experto" (aq
Questão 30: TRF 4ªR - 2001 - Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras em: (A) A reivindicada exumação da vítima sequer foi analisada pelo magistrado. (B) Sem maiores preambulos, pôs-se a vosciferar injúrias contra o indefeso escrivão. (C) Obsecado pelo cumprimento das leis, é incapaz de considerar a falibilidade da justiça. (D) A neglijência na aplicação da lei ocorre em relação aos previlegiados de sempre. (E) A impun
Comentário: A alternativa (A) é a correta. Veja que o adjetivo "reivindicada" vem do verbo "vindicar", que recebe o prefixo de reforço "rei". Este vocábulo e seus derivados têm caído sempre em prova. Portanto, cuidado. Veja a correção dos outros vocábulos: (B): preâmbulos, vociferar; (C): obcecado; (D): negligência, privilegiados; (E): insultuosa, concernente Gabarito: A
Questão 5: Prefeitura São Paulo 2008 - Gestão Administrativa (banca FCC) A única afirmativa INCORRETA, considerando-se situações de emprego do acento gráfico nas palavras em negrito, é: (A) Países e asiáticos recebem acento porque se igualam quanto à posição da sílaba tônica. (B) A mesma razão gramatical justifica o acento nas palavras água, série e áreas. (C) Na palavra pólos há a permanência de um acento diferencial, do mesmo modo que se vê nos substantivos pêra e pêlo. (D) Também e poderá comportam-se do mesmo modo em relação à acentuação gráfica, justificada pela posição da sílaba tônica. (E) Fenômeno, catástrofes e satélite são palavras obrigatoriamente acentuadas em português
Comentário: A alternativa (A) é a incorreta, pois "países" tem acento por possuir hiato ("a-i"), sendo que o "i" é tônico e seguido de "s"; e "asiáticos" é acentuada por ser palavra proparoxítona. Na alternativa (B), "água", "série" e "áreas" são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral, seguidos ou não de "s" ("ua", "ie", "ea"). Na alternativa (C), as palavras "pólos", "pêra" e "pêlo" tinham acento à época da prova por fazerem a diferença com o substantivo "pôlo" (filhote de falcão ou gavião), com a preposição arcaica "pera" e com a preposição "por" seguida de vogal "o" ("pelo"). Mas, com a reforma ortográfica, todas essas palavras perderam o acento gráfico e são diferenciadas apenas pelo contexto em que se apresentam. Como esta prova foi realizada antes de 2009, esta alternativa pode ser considerada correta. Na alternativa (D), as palavras "poderá" e "também" são acentuadas por serem oxítonas terminadas em "a" e "em", respectivamente. Na alternativa (E), as palavras "fenômeno", "catástrofes" e "satélite" são acentuadas por serem proparoxítonas. Gabarito: A
Questão 36: TRF 3ªR 2007 Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) A presunção de verossimilhança é inerente aos escritos ficcionais, mesmo aos que exploram as rotas e as sendas mais fantasiosas da imaginação. (B) Deprende-se do texto que, no futuro, as civilizações adotarão paradigmas que substituirão com vantajem aqueles que regeram a vida do século XX. (C) Distila-se nesse texto o humor sutil de Mário Quintana, um autor gaúcho para quem a poesia e a vida converjem de modo inelutável. (D) A apreenção humana diante das forças da natureza deriva de épocas préhistóricas, quando o homem não dispunha de recursos técnicos para enfrentá-las. (E) As obsessões humanas pelo progresso parecem ignorar que as leis da natureza não sofrem nenhum processo de obsolecência, e custam caro para quem as transgrida.
Comentário: A alternativa (A) é correta. Note as palavras "verossimilhança" e "ficcionais" corretamente grafadas. Vejamos as correções das palavras das demais alternativas: (B): Depreende-se, vantagem. (C): Destila-se, convergem. (D): "apreender" gera o substantivo "apreensão"; "pré-históricas". (E): A palavra "obsessões" está corretamente grafada. Mas cuidado com a palavra "obcecado", grafada com "c". Novamente a palavra "obsolescência" apareceu. Então, cuidado. Gabarito: A
Questão 42: TRF 1ªR 2001 Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) O sonho do cronista parece estravagante, mas há que se reconhecer nele a beleza de uma vida a ser levada com muito mais distenção. (B) Quem vive de forma mais displiscente não é o homem distraído das obrigações, mas aquele que atribue importância exclusiva aos negócios e à rotina urbana. (C) Um telefone corta abruptamente nossa evazão imaginária, e anotamos nomes e números, na sugeição aos velhos hábitos e compromissos. (D) Se uma vida mais natural nos restitui a extinta simplicidade, que empecilhos tão fortes nos impedem de desfrutá-la? (E) A singeleza de uma vida natural exclue, é obvio, aqueles valores supérfluos que encorporamos sem nunca os analisar.
Comentário: A alternativa (D) é a correta. Perceba que novamente caiu a palavra "empecilhos". O verbo terminado em "uir" no presente do indicativo "restitui" está corretamente grafado. Vamos corrigir as outras? (A): extravagante, distensão. (B): displicente, atribui (C): evasão, sujeição (E): exclui, óbvio, incorporamos. Note que está correta a grafia "supérfluos". Gabarito: D
Questão 43: TCE PB 2006 Técnico de Controle Externo I-Direito (banca FCC) Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) O uso indiscriminado e criminoso de redes de arrasto em alto-mar constitui uma ameaça ambiental preocupante. (B) Quilômetros abaixo da superfície marinha, na ausência de luz solar, animais retiram energia de orifícios vulcânicos. (C) A suspensão provisória de redes de arrasto no mar profundo conta com o respaldo de países em desenvolvimento. (D) É necessária a prevenção da ocorrência de danos irreversíveis ao equilíbrio ambiental existente no mar profundo. (E) Alguns países querem restrinjir a expanção da pesca no fundo do mar, porém essa atividade parece ampliar-se por interesses comerciais.
Comentário: A alternativa (E) é a incorreta, pois devemos corrigir duas palavras. Assim: restringir e expansão. Gabarito: E
Questão 48: TCE AL 2008 Analista de Sistemas (banca FCC) Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras em: (A) A inverossimilhança dos nossos enfáticos propósitos de Ano Novo constitui uma prova de que, via de regra, somos uns inconsequentes. (B) Há quem formule com tanta desfaçateza seus propósitos de Ano Novo que acaba provocando em todos um mixto de irrisão e pena. (C) Não há porquê imaginar que nos baste divizar imagens do futuro para que elas venham a se tornar uma inextricável realidade. (D) O dilema que constitue nosso desejo de liberdade diante de amarras entrincadas está diretamente associado à questão da liberdade. (E) É prazeirosa a experiência de quem formula propósitos e promove ações que vão de encontro aos mesmos.
Comentário: A alternativa correta é a (A). Note a palavra "inverossimilhança" corretamente grafada. Note que anteriormente caiu semelhante palavra, apenas sem o prefixo "in". Na (B), desfaçatez, misto (lembre-se de mistura). Na (C), por que (separado e sem acento: pode-se inserir ou subentender o substantivo "motivo" ou "razão" após esta expressão. Veja: "Não há por que razão..."), divisar. Na (D), constitui e intrincadas. Na (E), o correto é "prazerosa" e a expressão "de encontro a" não está sendo corretamente utilizada, pois não há oposição neste contexto. Assim, o correto seria: "ao encontro de". Gabarito: A
Questão 34: TRF 1ªR 2011 Técnico (banca FCC) As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase: (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos. (B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa cortês. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio. (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua crise. (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos.
Comentário: A alternativa correta é a (A). Note que o verbo "viajar" possui "j". Esse verbo conserva esta letra no radical de todos os tempos verbais. Assim, no presente do subjuntivo: talvez eu viaje, tu viajes, ele viaje, nós viajemos, vós viajeis, eles viajem. (B): Veja a diferença entre vocábulos parecidos, como cheque (ordem de pagamento); xeque (risco, perigo, contratempo). Por isso, "ponha em xeque" é o correto. O correto é "deslizes" (não confunda com "liso"). Note que está correta a grafia "cortês" (derivada de cortesia). (C): O substantivo "descanso" gera o verbo "descansar". O substantivo "fronde" significa "copa das árvores". Esse substantivo recebe o sufixo "osa" para derivar o adjetivo "frondosa". (D): Os verbos terminados em "uir" formam o presente com "ui": influi". Note, também, que o correto é "empecilho". (E): Não confunda "êxito" com o verbo "hesitar" (hesitou). O substantivo "taxa" tem seu homônimo "tacha", mas o sentido muda. Taxado (tributo, imposto cobrado); tachado (acusado, censurado). Assim, "ser tachado de conivente". O verbo querer no pretérito não recebe a consoante "z", mas "s": quis. Atente às palavras corretamente grafadas "concessão" e "privilégios". Gabarito: A
Questão 16: ISS SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal I (banca FCC) A frase em que a ortografia está adequada ao padrão culto escrito é: (A) À mínima contrariedade, exarcebava-se de tal maneira que seus excessos verbais eram já conhecidos de todos. (B) A expontaneidade com que se referiu ao local como "impesteado" fez que todo o auditório explodisse em risos. (C) Quanto à infraestrutura, será necessário reconstrui-la em prazo curto, mas sem que haja qualquer tipo de displiscência. (D) O docente não viu como retaliação a rasura no cartaz que afixara, mas sua intenção era advertir quanto ao desleixo com a coisa pública. (E) A obra faraônica será uma excressência naquela paisagem bucólica, mas ninguém teve hêsito em convencer os responsáveis da necessidade de revisão do projeto.
Comentário: A alternativa correta é a (D). Veja as correções das demais alternativas: "exacerbava-se", "espontaneidade", "reconstruí-la", "displicência", "excrecência" (de excreção), "êxito". Observações: Na alternativa (B), a correta grafia é "empesteado", mas note que a palavra "impesteado" está entre aspas, para conservar o exato som da palavra no ato da fala. Assim, não pode ser julgada na grafia. Na alternativa (C), a palavra "infraestrutura", antes da reforma ortográfica, tinha hífen. A partir de janeiro de 2009, perdeu o hífen. Como estamos em época de transição, até dezembro de 2015, são aceitas as duas grafias. Gabarito: D
Questão 34: TRT 18ªR 2008 Analista (banca FCC) É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A) tu possas - confies - te (B) Vossa Excelência podeis - confiei - vos (C) tu possas - confia - te (D) vós possais - confiem - vos (E) Sua Senhoria podeis - confiai - vos
Comentário: A concordância do verbo e do pronome em relação ao pronome de tratamento é a terceira pessoa, em relação ao "tu" é a segunda pessoa do singular e em relação "vós" é a segunda pessoa do plural. Por isso, veja as possibilidades para cada um: (A) É importante que tu possas contar com minha amizade; confia nela, que eu não te decepcionarei. (B) É importante que Vossa Excelência possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. A alternativa (C) é a correta. (D) É importante que vós possais contar com minha amizade; confiai nela, que eu não vos decepcionarei. (E) É importante que Sua Senhoria contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. Observe novamente a formação do imperativo afirmativo, na aula de verbos. Gabarito: C
Questão 20: De acordo com o texto, (A) as mudanças sociais ocorridas no século XX alteraram o modo de vida das pessoas, permitindo maior aproximação entre elas. (B) a transformação de um mundo rural em uma sociedade urbana favoreceu o surgimento de uma rede de contatos pessoais mais próximos. (C) a ausência de um verdadeiro sentimento religioso induz as pessoas a uma insatisfação que marca até mesmo as relações de trabalho na sociedade moderna. (D) a beleza e o sucesso pessoal passaram a ser mais importantes na vida moderna, em detrimento das relações de verdadeira e desinteressada afeição. (E) a vida moderna instituiu novos padrões e valores que regem a sociedade, aproximando os homens em torno de serviços oferecidos pelas cidades.
Comentário: A correta é a alternativa (D); pois, no último parágrafo, temos os vestígios "Perdeu-se" e "que não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza". Isso nos faz inferir que hoje são muito valorizados o sucesso e a beleza, algo que não era antigamente e com isso se perdeu "a vasta rede de segurança". Note que as demais alternativas possuem ideias bem fora do contexto. (A): Segundo o texto, as mudanças ocorridas no século XX estão fazendo o ser humano distanciar-se dos outros. (B): Esta alternativa está errada pelo mesmo motivo da anterior. Com a urbanização, o homem teve a tendência de isolar-se. (C): Esta alternativa extrapolou o conteúdo do texto. Não há no texto indício de que não há verdadeiro sentimento religioso e que isso induza as pessoas a uma insatisfação. (E): Esta alternativa também extrapolou o conteúdo do texto no fragmento "aproximando os homens em torno de serviços oferecidos pelas cidades". Gabarito:D
Questão 31: TRF 4ªR 2001 Analista (banca FCC) Curitiba, 12 de novembro de 2000. Senhor Deputado: Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa Assembleia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação. Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração. Associações de Pais e Mestres de Curitiba É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se (A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado. (B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes". (C) a forma verbal "vimos" por "viemos". (D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio. (E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou"
Comentário: A forma de tratamento "V. Exa " é aplicada a um deputado; a forma verbal "apresentaste" deve ser flexionada na terceira pessoa do singular: apresentou; a forma verbal "vimos" está corretamente empregada no presente do indicativo; não há necessidade da substituição de "protestos" por "votos". Gabarito: E
Questão 13: Atente para as seguintes afirmações: I. A expressão nossos reveses (1° parágrafo) é empregada com sentido equivalente ao de golpes mais duros (3° parágrafo). II. Em vez de podermos contar (2° parágrafo), o emprego da forma pudermos contar seria mais adequado à construção da frase. III. Os termos comunicados e partilhados (3° parágrafo) referem-se ao termo anterior favores. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
Comentário: A frase I está correta, pois os reveses são entendidos como problemas, desgostos na vida. Podemos entender a palavra golpes também com esse mesmo sentido. A frase II está errada porque "podermos" está na forma nominal infinitiva, haja vista que se encontra em oração subordinada adverbial de finalidade reduzida (a preposição "para" introduz essa construção); já o verbo pudermos seria o futuro do subjuntivo e não caberia nesse contexto. Para entender que a frase III está errada, deve-se reescrever um fragmento da última frase na ordem direta: a amizade torna (...) mais leves seus golpes mais duros, porque comunicados e partilhados. Então são os golpes mais duros comunicados e partilhados, e não os favores. Portanto, a correta é a alternativa (A). Gabarito: A
Questão 51: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) É preciso corrigir deslizes relativos à ortografia oficial e à acentuação gráfica da frase: (A) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora, mas igualmente pela apreensão do ritmo alucinante da existência moderna. (B) Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, a ficção e a poesia modernista também valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas. (C) Longe de ser uma excessão, a pintura modernista foi responsável, antes mesmo da literatura, por intênsas polêmicas entre artistas e críticos concervadores. (D) No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essa extraordinária produção poética do que a opção quase incondicional pelo verso livre. (E) O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista: parecia mesmo um dos objetivos precípuos de artistas dispostos a surpreender e a chocar.
Comentário: A frase abaixo será reescrita com correção gramatical. As palavras corrigidas ficarão em negrito e as que estão corretas e que levariam a dúvidas estão sublinhadas, para que você atente à sua grafia. (A): As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora, mas igualmente pela apreensão do ritmo alucinante da existência moderna. (B): Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, a ficção e a poesia modernista também valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas. (C): Longe de ser uma exceção, a pintura modernista foi responsável, antes mesmo da literatura, por intensas polêmicas entre artistas e críticos conservadores. (D): No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essa extraordinária produção poética do que a opção quase incondicional pelo verso livre. (E): O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista: parecia mesmo um dos objetivos precípuos de artistas dispostos a surpreender e a chocar. Gabarito: C
Questão 13: PGE BA 2013 Assistente de Procuradoria (banca FCC) Considere: No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ......, ainda que superficial, podemos ...... com ...... a falta de um ...... de discrição dos ...... de pais despreparados para educá-los. As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão corretamente grafadas em: a) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos b) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos c) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos d) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos e) análize - enxergar - claresa - gesto - dissípulos
Comentário: A grafia correta é "análise", "enxergar", "clareza", "gesto" e "discípulos". Assim, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A
Questão 11: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC) Fragmento do texto: Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates, fez, no seu diálogo A república, um confronto, que se tornou decisivo pelas implicações filosóficas que encerra, entre Arte e Realidade. Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) Na linha 2, assim como "decisivo" está grafado em conformidade com as normas da gramática, o estão as palavras "proesa" e "deslise".
Comentário: A grafia correta é "proeza" e "deslize". Gabarito: E
Questão 6: Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? (3º parágrafo) De acordo com o contexto, o sentido do elemento grifado acima pode ser adequadamente reproduzido por: (A) descompasso. (B) problemática. (C) melancolia. (D) estupefação. (E) animosidade.
Comentário: A perplexidade é própria de quem está espantado, admirado, atônito. O mesmo sentido ocorre com o substantivo "estupefação", isto é, aquele que está espantado, pasmado, quase sem ação. Assim, a alternativa (D) é a correta. A alternativa (A) está errada, pois "descompasso" significa desacordo, desarmonia, divergência, desajustamento; por isso não tem relação com o contexto. A alternativa (B) está errada, pois "problemática" significa conjunto de problemas em relação a um assunto. Isso não tem relação semântica com o substantivo "perplexidade". A alternativa (C) está errada, pois "melancolia" significa estado mórbido de tristeza e depressão, languidez e tristeza indefinida. Isso também não tem relação com "perplexidade". A alternativa (E) está errada, pois "animosidade" significa má vontade, rancor. Isso nada tem a ver com "perplexidade". Gabarito: D
Questão 10: TJ AP 2014 Técnico-Judiciário (banca FCC) Estão inteiramente corretos o emprego e a grafia de todas as palavras em: a) Um mau entendido ocasionou um mico que só não foi maior por que o cronista salvou a situação. b) O porquê da confusão não chegou a ser discutido, e o mal foi contornado pela iniciativa do cronista. c) Em vez de demonstrar mal humor, por que fora tomado por outra pessoa, o cronista salvou a situação. d) O livreiro se deu mau em sua homenagem porquê não apurou corretamente a identidade do cronista. e) O mau já estava feito, e só não prosperou por que o cronista soube como contorná-lo.
Comentário: A questão cobra basicamente a diferença entre "mal" e "mau" e o emprego dos porquês. Para evitar dúvida, usamos o adjetivo "mau" em oposição ao adjetivo "bom". O advérbio e o substantivo "mal" é empregado em oposição a "bem". A alternativa (A) está errada, pois "entendido" é um adjetivo e está sendo modificado pelo advérbio "mal". Assim, não cabe o adjetivo "mau". A oração "que o cronista salvou a situação" transmite uma noção de causa, por isso cabe a conjunção "porque", e não a expressão "por que". Um mal entendido ocasionou um mico que só não foi maior porque o cronista salvou a situação. A alternativa (B) é a correta, pois "porquê" é um substantivo, haja vista que foi antecipado do artigo "O". A palavra "mal" é um substantivo, por isso sua grafia está correta. O porquê da confusão não chegou a ser discutido, e o mal foi contornado pela iniciativa do cronista. Na alternativa (C), a oração "fora tomado por outra pessoa" transmite uma noção de causa, por isso cabe a conjunção "porque", e não a expressão "por que". Em vez de demonstrar mal humor, porque fora tomado por outra pessoa, o cronista salvou a situação. Na alternativa (D), a expressão "se deu mal" deve sempre ser empregada com o advérbio "mal". A conjunção causal nunca poderá ser acentuada, por isso o correto é "porque". O livreiro se deu mal em sua homenagem porque não apurou corretamente a identidade do cronista. Na alternativa (E), "mal" é um substantivo, pois está precedido do artigo "O". Por isso sua grafia deve ser com "l". A conjunção causal deve ser grafada da seguinte forma: "porque". O mal já estava feito, e só não prosperou porque o cronista soube como contorná-lo. Gabarito: B
Questão 27: TRT 12R 2010 Analista (banca FCC) A frase em que se apresenta adequado e uniforme o tratamento pessoal e verbal é: (A) Vimos, por este intermédio, solicitar a Vossa Senhoria que vos digneis a acolher e enviar ao Juiz da 4ª Vara os autos do processo em tela. (B) Viemos, por este intermédio, solicitar que Vossa Excelência se digneis a acolher o parecer do processo em tela e enviá-lo ao Juiz da 4ª Vara. (C) Vimos, por este instrumento, solicitar-vos que acolhais o parecer que dispomos sobre o processo, e encaminhá-lo ao Juiz da 4ª Vara. (D) Vêm aqui, por este recurso, solicitar-vos os interessados que Vossa Excelência remetais o parecer do processo em tela ao Juiz da 4ª Vara. (E) Vimos, por este dispositivo, solicitar que Vossa Senhoria acolha e encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os autos do referido processo.
Comentário: Ao comentarmos a alternativa (E), que é a correta, já se vê por que as demais estão erradas. O verbo "vimos" está corretamente empregado no presente do indicativo, o pronome "Vossa Senhoria" é o tratamento cerimonioso dirigido a qualquer cidadão ou a ocupante de cargo que não seja de altas autoridades, por isso está correto. Os verbos "acolha" e "encaminhe" estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo. Gabarito: E
Questão 49: TCE AP 2012 Analista de Controle Externo (banca FCC) A frase que está em conformidade com a ortografia oficial é: (A) Não interessa recaptular a indesejável dissensão, mas sim aliviar as tensões agudizadas pelo desnecessário enxerto de questões polêmicas. (B) Sempre quis ser assessora de moda em lojas, mas eram tantos os empecilhos, que acabou por vencer a ojeriza de coser sob encomenda e, com isso, tornou-se grande costureira. (C) Endoidescia o marido com seus gastos extravagantes, pois acreditava que o tão desejado charme era questão de plumas e brilhos esplendorosos, de preferência, vindos do exterior. (D) Quando disse que não exitaria em abandonar o emprego de sopetão e ir relaxar numa praia distante, lhe disseram que seria sandice, mas não conseguiram vencer o fascínio da aventura. (E) Representava na peça um cafageste que tratava a todos com escárneo, mas sua atuação era sempre tão fascinante que diariamente angariava a simpatia de toda a platéia.
Comentário: As frases abaixo serão reescritas com correção gramatical. As palavras corrigidas ficarão em negrito e as que estão corretas e que levariam a dúvidas estão sublinhadas, para que você atente à sua grafia. A alternativa (A) está errada, porque o verbo "recapitular" deve possuir a vogal "i" após a consoante "p". As demais palavras estão corretas. Note que a palavra "dissensão" é grafada com "s" por ser gerada do verbo "dissentir"; o particípio "agudizadas" é gerado do adjetivo "agudo"; o substantivo "enxerto" possui "x" por estar após "en". Não interessa recapitular a indesejável dissensão, mas sim aliviar as tensões agudizadas pelo desnecessário enxerto de questões polêmicas. "s"; o adjetivo "assessor" apenas recebe a desinência de gênero feminino "a" ("assessora"). Cuidado com o substantivo "empecilhos", o qual está corretamente grafado e sempre cai em provas. O verbo "coser" tem o sentido de "costurar", enquanto o verbo "cozer" significa "cozinhar". Assim, o verbo "coser" está corretamente grafado de acordo com o contexto. Sempre quis ser assessora de moda em lojas, mas eram tantos os empecilhos, que acabou por vencer a ojeriza de coser sob encomenda e, com isso, tornou-se grande costureira. A alternativa (C) está errada, pois "endoidecer" não possui "sc", mas apenas "c". Assim, o pretérito imperfeito é "Endoidecia". Endoidecia o marido com seus gastos extravagantes, pois acreditava que o tão desejado charme era questão de plumas e brilhos esplendorosos, de preferência, vindos do exterior. A alternativa (D) está errada, pois o verbo "hesitar" é grafado no futuro do pretérito do indicativo da seguinte forma: "hesitaria". O substantivo corretamente grafado é "supetão". Quando disse que não hesitaria em abandonar o emprego de supetão e ir relaxar numa praia distante, lhe disseram que seria sandice, mas não conseguiram vencer o fascínio da aventura. A alternativa (E) está errada, pois as grafias corretas são "cafajeste", "escárnio". Note que a palavra "plateia" perdeu o acento gráfico por possuir ditongo aberto tônico "éi". Tal acento era admitido até 31 de dezembro de 2015, tendo em vista a Nova Reforma Ortográfica. Representava na peça um cafajeste que tratava a todos com escárnio, mas sua atuação era sempre tão fascinante que diariamente angariava a simpatia de toda a platéia. Gabarito: B
Questão 50: TCE SP 2012 Agente de Fiscalização Financeira (banca FCC) A frase que respeita a ortografia é: (A) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a itemperança. (B) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador. (C) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam. (D) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico casamento. (E) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável.
Comentário: As frases abaixo serão reescritas com correção gramatical. As palavras corrigidas ficarão em negrito e as que estão corretas e que levariam a dúvidas estão sublinhadas, para que você atente à sua grafia. A alternativa (A) está errada, pois devemos inserir "n" no vocábulo "intemperança". Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a intemperança. A alternativa (B) está errada, pois "manusear" deve ser grafado com "s". O contexto exige o substantivo "dispensa", o qual significa "licença". O substantivo "despensa" não cabe neste contexto, por significar "repartimento de casa onde se guardam mantimentos". O desleixo com que passou a manusear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela dispensa do já antigo colaborador. A alternativa (C) é a correta. Atente que "recrudesceu" possui "sc". O advérbio "bem", seguido de vogal na outra palavra, deve receber hífen. O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam. A alternativa (D) está errada, pois a grafia correta é "disenteria" Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a disenteria que o abatera às vésperas do exótico casamento. A alternativa (E) está errada, pois a grafia correta é "discricionário". O poder discricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável. Gabarito: C
Questão 4: TCE PB 2006-Técnico de Controle Externo I-Direito (banca FCC) As palavras que recebem acento gráfico pela mesma norma gramatical estão reunidas em (A) transferência, série, contrário. (B) fácil, veículos, tecnológica. (C) tecnológicos, médio, possível. (D) eletrônico, automóvel, rápido. (E) aderência, fábricas, irreversível.
Comentário: As palavras "transferência", "série", "contrário", "médio" e "aderência" são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. As palavras "fácil", "possível", "automóvel" e "irreversível" são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em "l". As palavras "veículos", "tecnológica", "tecnológicos", "eletrônico", "rápido" e "fábricas" são acentuadas por serem proparoxítonas. Assim, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A
Questão 21: TCE PI 2002 - Assessor Jurídico (banca FCC) Encontram-se palavras escritas com desrespeito à norma culta da língua na frase: (A) Há, no país, bolsões de pobreza, em que inexistem recursos mínimos indispensáveis para a sobrevivência da população. (B) A escassês de chuvas - um fato que caracterisa a região Nordeste - desencadeia sérios problemas socioeconômicos de difícil solução. (C) O grande número de miseráveis - que vivem abaixo da linha de pobreza - não tem acesso a, no mínimo, uma refeição nutritiva básica diária. (D) Uma grande porcentagem indica o número de brasileiros que, apesar da origem humilde, conseguiram prestígio profissional e ascensão social. (E) O Brasil é um país rico, o que torna inexplicável a pobreza extrema de 23 milhões de brasileiros, problema até agora mal resolvido
Comentário: As palavras graficamente erradas são "escassês" e "caracterisa". O adjetivo "escasso" gera o substantivo "escassez" (acréscimo do sufixo nominal "ez"). O substantivo "caráter" gera o verbo "caracterizar" (acréscimo do sufixo verbal "izar"). Gabarito: B
A amizade Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo? De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para nós mesmos. Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma única forma de utilização: as riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor e podermos contar com os recursos de nosso corpo. Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades. Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá, prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna, jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto, proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque comunicados e partilhados, seus golpes mais duros. (Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano) Questão 11: Ao tratar da amizade verdadeira, Cícero dá um peso especial ao fato de que ela (A) é um privilégio desfrutado de uma forma única e exclusiva. (B) intensifica nossas conquistas e ameniza nossos infortúnios. (C) abre caminho para o exercício de um poder que todos desejamos. (D) produz honrarias que todos os amigos podem compartilhar. (E) afasta os padecimentos morais e multiplica as alegrias.
Comentário: As últimas frases do texto relatam: "E aqui não se trata da amizade comum ou medíocre (...), mas da verdadeira, da perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque comunicados e partilhados, seus golpes mais duros." A alternativa (B) é a correta, pois nela se diz que amizade verdadeira intensifica nossas conquistas ("os favores da vida") e ameniza nossos infortúnios ("golpes mais duros"). Gabarito: B
Questão 2: TRF 1ªR 2014 Analista-Judiciário (banca FCC) Considere a tirinha reproduzida abaixo. Acordo Ortográfico Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra: (A) Tatuí. (B) graúdo. (C) baiúca. (D) cafeína. (E) Piauí.
Comentário: Assim como "feiura", com a reforma ortográfica, a palavra "baiuca" possui o "u" tônico após um ditongo. Então, há uma variação do hiato. Nessa condição somente as oxítonas permanecem com acento, como "Piauí e tuiuiú". As paroxítonas perderam o acento. Assim, a alternativa a ser marcada é a (C). Gabarito: C
Questão 21: Considerando-se o 2° parágrafo, está INCORRETO o que se afirma em: (A) O parágrafo se articula com o 1° por meio de uma ressalva, expressa por porém. (B) O segmento grifado em partiu o continente humano pode ser substituído por partiu-lhe. (C) Há relação de causa e consequência no segmento um arquipélago tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais. (D) Há nele enumeração de situações que exemplificam as questões de alma que sempre atormentam os homens. (E) Substituindo-se o segmento grifado em quando se está só por estamos, a palavra só deverá ir obrigatoriamente para o plural - sós.
Comentário: Basta notar que foi pedida a alternativa errada. Assim, o verbo "partiu" é transitivo direto e "o continente humano" é o objeto direto, só cabendo o pronome oblíquo átono "o". Na alternativa (A), bastava o candidato ver a conjunção "porém" deslocada ("A vida moderna, porém, alterou-o") e se lembrar de que as conjunções coordenadas adversativas e adverbiais concessivas transmitem contraste, oposição e ressalva. Na alternativa (C), bastava o candidato verificar a estrutura da oração subordinada adverbial consecutiva, a qual exploramos na aula de sintaxe do período. A conjunção consecutiva "que" se ligou ao intensificador "tão", assim temos a oração principal ("um arquipélago tão fragmentado" - valor de causa) e a oração subordinada adverbial consecutiva ("que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais" - consequência). Na alternativa (D), a palavra denotativa de exemplificação "Como" inicia uma sequência de situações (enumeração). Isso serve para confirmar o que se diz na oração anterior: "àquelas situações de alma que sempre atormentam os homens". Na alternativa (E), bastava atentar-se quanto à concordância nominal do adjetivo "só"/"sós". Gabarito: B
Questão 16: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC) Ao escolher as palavras, um escritor responsável investiga o sentido das palavras, busca as palavras num bom dicionário, pondera as eventuais ambiguidades das palavras, confere às palavras a mesma importância que se dá a um gesto essencial. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) investiga-as o sentido - busca-as - pondera-lhes as eventuais ambiguidades - confere-as (B) investiga-lhes o sentido - busca-lhes - pondera-as eventuais ambiguidades - confere-lhes (C) lhes investiga seu sentido - busca-as - lhes pondera as eventuais ambiguidades - confere-as (D) as investiga o sentido - busca-lhes - pondera suas eventuais ambiguidades - lhes confere (E) investiga seu sentido - busca-as - pondera suas eventuais ambiguidades - confere-lhes
Comentário: Como já resolvemos questões deste tipo na aula de regência, já sabemos que devemos trabalhar cada verbo e sua transitividade e vamos eliminando os pronomes errados. Note que na expressão "o sentido das palavras", o termo sublinhado transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome "lhes" ou o pronome possessivo "seu". Dessa forma, já eliminamos as alternativas (A) e (D). O verbo "busca" é transitivo direto e "as palavras" é o objeto direto. Assim, não cabe o pronome "lhes" e devemos eliminar a alternativa (B). Na expressão "ambiguidades das palavras", o termo sublinhado transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome "lhes" ou o pronome possessivo "suas". O verbo "confere" é transitivo direto e indireto, o termo "às palavras" é o objeto indireto e pode ser substituído por "lhes", e "a mesma importância" é o objeto direto. Assim, eliminamos a alternativa (C), sobrando a (E) como a correta. Gabarito: E
Questão 38: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC) Uma carta de protesto contra a declaração infeliz de um secretário de Estado pode iniciar-se corretamente com a seguinte frase: (A) Vimos à presença de Vossa Excelência para que se digne a retificar sua infeliz declaração acerca dos episódios de Guantánamo. (B) Viemos a presença de Vossa Senhoria para solicitar que ratifiqueis vossa infeliz declaração sobre o ocorrido em Guantánamo. (C) Vimos solicitar a Sua Magnificência que vos digneis a retificar seu pronunciamento sobre o ocorrido em Guantánamo. (D) Viemos empenhar a Sua Excelência nossos protestos por vossa declaração acerca das ocorrências em Guantánamo. (E) Vimos apresentar-vos, ilustríssimo secretário, nossos protestos pelo pronunciamento que concedestes acerca dos fatos de Guantánamo.
Comentário: Como sabemos que verbo e pronome que se referem a um pronome de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa, percebemos que a alternativa correta é a (A). Além disso, note que o verbo "Vimos" está corretamente flexionado na primeira pessoa do plural do presente do indicativo. Ademais, "secretário de Estado" tem tratamento de "Vossa Excelência". Veja: "Vimos à presença de Vossa Excelência para que se digne a retificar sua infeliz declaração acerca dos episódios de Guantánamo." Gabarito: A
Questão 37: TRE AC 2003 Técnico (banca FCC) Encontram-se palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Hábitos arraigados na população, como o das queimadas antes do plantio, oferecem alto risco à floresta. (B) O acesso aos dados do INPE mostra um aumento considerável na devastação da floresta amazônica. (C) Uma fiscalização eficás de toda a região amazônica exigiria um continjente maior de funcionários. (D) O Brasil goza do privilégio de dispor de uma área florestal imensa e importante para o equilíbrio ecológico. (E) Seriam necessárias vultosas quantias para evitar a extinção de espécies animais e vegetais que constituem a riqueza da Amazônia.
Comentário: Corrigindo, teremos: "eficaz" e "contingente". Gabarito: C
Questão 14: Que há de mais agradável que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo? Pode-se substituir o segmento sublinhado na frase acima, sem prejuízo para o sentido, clareza e correção, por: (A) com a audácia de contar tudo para si mesmo? (B) que pode contar com si mesmo? (C) com a coragem de quem ousa contar tudo? (D) com força para contar tudo sobre si próprio? (E) para confidenciar, sem receio, tudo de si?
Comentário: Deve-se perceber nesta questão a presença do objeto indireto "a quem", significando que alguém receberia alguma ação, portanto esse alguém deve ser paciente e não agente. As alternativas (A, B, C e D) transmitem o sentido desse "alguém" retomado pelo "a quem" como agente. No entanto, somente a alternativa (E) pode ser entendida com valor paciente: alguém para confidenciar, sem receio, tudo de si. Quem conta, quem confidencia não foi abordado nesse trecho. Apenas a quem isso foi dirigido. Observe-se o erro gramatical na (B), não existe "com si mesmo", mas "consigo mesmo". Gabarito: E
Questão 24: TRT 16 R - 2009 - Analista (banca FCC) A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas se impõem. (Diógenes Moreyra, inédito) Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte construção: (A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis a nos oferecer. (B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso profundo reconhecimento. (C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma semana. (D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das quais não nos cabe tratar com seu adjunto - grande, embora, seja a consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos. (E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção
Comentário: Devemos nos lembrar de que os verbos ou pronomes que se referem a pronomes de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa. Além disso, para preservar a impessoalidade, deve-se evitar expressões de cunho subjetivo, como "meu caro senhor", "grande é a consideração", as quais se encontram na alternativa (D). Assim, a alternativa correta é a (B). Veja as frases abaixo já corrigidas: (A): Se preferir, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente terá a nos oferecer. (C): Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à sua disposição o relatório que nos incumbiu de providenciar há cerca de uma semana. (D): Diga a Sua Senhoria que estamos à espera de suas providências, das quais não nos cabe tratar com seu adjunto. (E): Esperamos que Vossa Senhoria seja capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a sua atenção. Gabarito: B
Questão 2: Atente para as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, os termos cautela e usura são atributos de que o autor se vale para exprimir o que vê como desvantagens da mais cega confiança. II. No segundo parágrafo, o segmento ficamos ruminando sobre o que teremos perdido refere-se aos remorsos que sentimos depois de uma iniciativa intempestiva. III. No terceiro parágrafo, a expressão mera credulidade é empregada para distinguir a ingenuidade do homem crédulo da consciência ativa do confiante. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) II, apenas. (E) III, apenas.
Comentário: Esta questão aborda a interpretação localizada, pois nos aponta o ponto exato que devemos interpretar. A frase I está errada, pois "cautela" e "usura" são atributos que se referem à desconfiança, e não à confiança. A frase II está errada, pois o segmento "Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido" se refere à falta de ousadia, e não por ter ousado de maneira intempestiva. A frase III é a correta, pois o autor quis distinguir a credulidade do senso comum, a mera credulidade, apenas confiar, da credulidade voltada à ação, à vontade de fazer, de inovar, de acreditar: "Falo da confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito". Gabarito: E
Questão 37: MPU 2007 Analista (banca FCC) A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto é: (A) Vossa Senhoria, senhor Ministro, poderíeis me receber amanhã em audiência, para que lhe entregue pessoalmente meu projeto? (B) Ele é ambidestro, sabe até desenhar com ambas mãos, mas jamais quiz colocar sua habilidade em evidência. (C) Queria sair com nós três, não sei bem por quê; talvez haja assuntos sobre os quais ela queira nos colocar a par. (D) Essas pinturas são consideradas as maiores obras de-artes do período, mas nada tem haver com a temática que você quer estudar. (E) Ela vivia dizendo "Eu mesmo desenho meu futuro", mas essa era uma forma dela ocultar sua relação mau resolvida com os pais.
Comentário: Esta questão combinou ortografia, pronome, flexão nominal etc. Vejamos a correção. A alternativa (A) está errada, porque o pronome de tratamento adequado para Ministro é Vossa Excelência, e o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Vossa Excelência, senhor Ministro, poderia me receber amanhã em audiência, para que lhe entregue pessoalmente meu projeto? A alternativa (B) está errada, pois o numeral "ambos" exige artigo posposto (ambas as mãos) e o verbo querer, no pretérito perfeito do indicativo, é grafado com "s" (quis). Ele é ambidestro, sabe até desenhar com ambas as mãos, mas jamais quis colocar sua habilidade em evidência. A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo tônico "nós" pode ser antecipado pela preposição "com", quando for seguido de numerais, como "três", "ambos"; pronome "todos" etc. (com nós três, com nós ambos, com nós todos). A expressão "por quê" está corretamente grafada (separada e com acento) porque é a última do enunciado. Queria sair com nós três, não sei bem por quê; talvez haja assuntos sobre os quais ela queira nos colocar a par. A alternativa (D) está errada, pois a expressão "obras-de-artes", à época da prova tinha dois hifens, mas na questão há apenas um. Com a reforma ortográfica, esse vocábulo perdeu os hifens. A expressão "nada tem haver com" está escrita errada, pois não há verbo "haver", mas o verbo "ver" antecipado da preposição "a" (nada tem a ver). Essas pinturas são consideradas as maiores obras-de-artes do período, mas nada tem a ver com a temática que você quer estudar. A alternativa (E) está errada, pois "mesmo" deve se flexionar no feminino ("mesma"), por se referir ao pronome "Ela". O pronome "dela" deve perder a contração, por ser o sujeito do verbo "ocultar" (era uma forma de ela ocultar). O adjetivo "resolvida" deve ser modificado pelo advérbio "mal" (e não "mau"). Note que ele é o oposto de "bem" Ela vivia dizendo "Eu mesma desenho meu futuro", mas essa era uma forma de ela ocultar sua relação mal resolvida com os pais. Gabarito: C
TRT 1ªR - 2013 - Analista Judiciário - Execução de mandados (banca FCC) Confiar e desconfiar Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial. Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar. O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, pareceme valer a pena. Falo da confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores. "Confiar, desconfiando" é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio. (Ascendino Salles, inédito) Questão 1: Quanto ao sentimento da desconfiança, o texto manifesta clara divergência do senso comum, pois, para o autor, esse sentimento (A) leva, como é sabido, à prática da prudência, que é a chave das grandes criações humanas. (B) traz, como poucos sabem, a consequência de esperar que tudo acabe se resolvendo por si mesmo. (C) acaba, como poucos reconhecem, por impedir que se tomem iniciativas audazes e criativas. (D) traduz, como poucos sabem, a vantagem de se calcular muito bem cada passo das experiências essenciais. (E) importa, como é sabido, em eliminar a dose de irracionalidade que deve acompanhar a prudência conservadora.
Comentário: Esta questão de interpretação de texto aborda basicamente os dois primeiros parágrafos do texto, os quais carregam a sua essência, a ideia principal: "A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial. Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos o passo, desviamos o olhar." Assim, a alternativa correta é a (C), pois, segundo o autor, na expressão acima, a desconfiança realmente acaba por impedir que se tomem iniciativas audazes e criativas. A expressão "como poucos sabem", nesta alternativa, cabe no contexto, pois o autor faz uma comparação entre o que ele pensa e o senso comum, deixando a entender que poucas pessoas pensam como ele. A alternativa (A) está errada, porque, segundo o autor, a prudência não é a chave das grandes criações humanas, ela nos imobiliza (segundo parágrafo). A alternativa (B) está errada, pois, conforme o segundo parágrafo, a desconfiança não leva à consequência de esperar que tudo acabe se resolvendo por si mesmo. A alternativa (D) está errada, pois calcular muito bem cada passo das experiências essenciais, conforme aponta esta alternativa, tem relação com a cautela, com a prudência. Na visão do autor, isso imobiliza, não nos faz progredir (segundo parágrafo). A alternativa (E) está errada, pois a prudência conservadora baseia-se na racionalidade, e não na irracionalidade. Gabarito: C
Questão 35: TRF 1ªR 2011 Técnico (banca FCC) A palavra destacada está empregada corretamente em: (A) Ele é o guardião dos reptis que estão sendo estudados. (B) Com esse cálculo financeiro, o banco aleja os clientes. (C) Se eu me abster, haverá empate na votação. (D) Os guarda-noturnos serão postos na formalidade. (E) Essa máquina mói todos os detritos.
Comentário: Esta questão foi anulada, mas eu fiz questão de deixá-la em nosso material para chamar a atenção do vocábulo "reptis". Esse substantivo pode ser oxítono (reptil) ou paroxítono (réptil); cujos plurais são, respectivamente, "reptis" e "répteis". (B): O verbo "aleijar" é regular e no presente não perde o "i". Assim, a construção correta é "aleija". (C): O verbo "abster", no futuro do subjuntivo, muda o radical: seu eu abstiver, tu abstiveres... (D): O substantivo composto "guarda-noturno" é formado por um substantivo e um adjetivo. Assim, os dois se flexionam: guardas-noturnos. (E): O verbo "moer" no presente do indicativo se flexiona da seguinte forma: eu moo, tu móis, ele mói, nós moemos, vós moeis, eles moem. A questão foi anulada, pois as alternativas (A) e (E) estão corretas. Gabarito: Anulada
Questão 22: A expressão cujo sentido está corretamente transcrito, com outras palavras, é: (A) um alicerce na realidade = uma base na existência efetiva. (B) alterou-o de maneira drástica = substituiu-o paulatinamente. (C) um arquipélago tão fragmentado = ilhas de relevo acidentado. (D) foi pródigo em abalos de natureza social = permitiu algumas alterações na sociedade. (E) a ligação quase compulsória = uma convicção extrema.
Comentário: Esta questão é típica da Fundação Carlos Chagas e vamos explorar bastante na próxima aula, com as provas comentadas. Não se quer que o candidato conheça o sentido de todos os vocábulos, o que deve ser feito é a contextualização da palavra. Numa leitura bem atenta do texto, conseguimos interpretar o sentido destes vocábulos, mesmo não conhecendo seu sinônimo extratextual. Assim, vamos por eliminação. Normalmente, devemos eliminar as alternativas que estão bem fora do contexto. Se ficarmos em dúvida em alguma, voltamos ao texto e tiramos a dúvida. Veja: Na alternativa (A), "alicerce" tem a ver com "base", "realidade" tem a ver (conotativamente) com "existência efetiva". Assim, não eliminamos esta alternativa, porque tem possibilidades de ser a correta. Na alternativa (B), "alterou" tem a ver com "substituiu", mas "maneira drástica" não tem nada a ver com "paulatinamente". Eliminamos, portanto, esta alternativa. Na alternativa (C), "arquipélago" tem a ver com "ilhas", porém "tão fragmentado" (sentido figurado, conotativo) não tem nada a ver com "relevo acidentado" (sentido real, concreto, denotativo). Também eliminamos. Na alternativa (D), "pródigo em abalos" (cheio de, em excesso) não tem nada a ver com "permitiu algumas alterações". Eliminamos mais uma. Na alternativa (E), "compulsória" (algo forçado, exigido) não tem nada a ver com "extrema", além de "ligação" não ter a ideia de "convicção". Gabarito: A
Assembleia Legislativa SP - 2010 - Analista (banca FCC) "Nenhum homem é uma ilha", escreveu o inglês John Donne em 1624, frase que atravessaria os séculos como um dos lugares-comuns mais citados de todos os tempos. Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos - e esse não é exceção. Durante toda a história da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga. A vida moderna, porém, alterou-o de maneira drástica. Em certos aspectos partiu o continente humano em um arquipélago tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais. Vencer tal distância e se reunir aos outros, entretanto, é um dos nossos instintos básicos. E é a ele que atende um setor do mercado editorial que cresce a passos largos: o da autoajuda e, em particular, de uma autoajuda que se pode descrever como espiritual. Não porque tenha necessariamente tonalidades religiosas (embora elas, às vezes, sejam nítidas), mas porque se dirige àquelas questões de alma que sempre atormentam os homens. Como a perda de uma pessoa querida, a rejeição ou o abandono, a dificuldade de conviver com os próprios defeitos e os alheios, o medo da velhice e da morte, conflitos com os pais e os filhos, a frustração com as aspirações que não se realizaram, a perplexidade diante do fim e a dúvida sobre o propósito da existência. Questões que, como séculos de filosofia já explicitaram, nem sempre têm solução clara - mas que são suportáveis quando se tem com quem dividir seu peso, e esmagadoras quando se está só. As mudanças que conduziram a isso não são poucas nem sutis: na sua segunda metade, em particular, o século XX foi pródigo em abalos de natureza social que reconfiguraram o modo como vivemos. O campo, com suas relações próximas, foi trocado em massa pelas cidades, onde vigora o anonimato. As mulheres saíram de casa para o trabalho, e a instituição da "comadre" virtualmente desapareceu. Desmanchou-se também a ligação quase compulsória que se tinha com a religião, as famílias encolheram drasticamente não só em número de filhos mas também em sua extensão. A vida profissional se tornou terrivelmente competitiva, o que acrescenta ansiedade e reduz as chances de fazer amizades verdadeiras no local de trabalho. Também o celular e o computador fazem sua parte, aumentando o número de contatos de que se desfruta, mas reduzindo sua profundidade e qualidade. Perdeu-se aquela vasta rede de segurança que, é certo, originava fofoca e intromissão, mas também implicava conselhos e experiência, valores sólidos e afeição desprendida, que não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza. Essa é a lacuna da vida moderna que a autoajuda vem se propondo a preencher: esse sentido de desconexão que faz com que em certas ocasiões cada um se sinta como uma ilha desgarrada do continente e sem meios de se reunir novamente a ele. (Isabela Boscov e Silvia Rogar. Veja, 2 de dezembro de 2009, pp. 141-143, com adaptações) Questão 19: A afirmativa inicial do texto significa, em outras palavras, que (A) o fato de uma pessoa se manter isolada das demais é um dos aspectos inerentes à natureza humana. (B) todos os homens podem usufruir, por decisão própria, situações de afastamento dos demais, à semelhança de uma ilha. (C) o sentimento coletivo transforma os homens num aglomerado de ilhas, como num arquipélago. (D) o isolamento entre os homens pode fazer parte de sua natureza, embora eles vivam em sociedade. (E) os homens são dependentes uns dos outros por natureza, distintos das ilhas, que são isoladas por definição.
Comentário: Esta é outra questão localizada, em que a banca situa a interpretação a partir de um ponto determinado no texto. Na alternativa (A), o erro é dizer que se manter isolado é uma característica do ser humano, mas o primeiro parágrafo prova o contrário em: "Durante toda a história da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga." Na alternativa (B), uma ilha não tem decisão própria. Aliás, ela não decide nada!!!!! Na alternativa (C), o sentimento coletivo faz o contrário, ele une, não dá margem à individualização (ilha). Na alternativa (D), o primeiro parágrafo nos mostra que não faz parte do ser humano a cultura de se isolar, mas de se agrupar. A alternativa (E) é a correta, pois o homem se interliga (primeiro parágrafo); diferente da ilha, cuja definição já é a de isolar-se. Gabarito: E
Questão 1: TJ AP 2014 Técnico-Judiciário (banca FCC) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto: a) também, mantêm, experiências. b) indígenas, séculos, específico. c) acúmulo, importância, intercâmbio. d) políticas, história, Pará. e) até, três, índios.
Comentário: Na alternativa (A), "também" é acentuada por ser uma oxítona terminada em "em". O verbo "mantêm" está grafado com acento circunflexo (e não agudo), porque se encontra no plural. Assim, a regra é a do acento diferencial. Se fosse a regra da oxítona terminada em "em", haveria o acento agudo (mantém). O substantivo "experiências" é acentuado por ser paroxítono terminado em ditongo oral. Assim, as regras são diferentes. A alternativa (B) é a correta, pois "indígenas", "séculos" e "específico" são proparoxítonas. A alternativa (C) está errada, pois "acúmulo" é uma proparoxítona; já "importância" e "intercâmbio" são paroxítonas terminadas em ditongo oral, seguido de "s". Assim, as regras são diferentes. A alternativa (D) está errada, pois "políticas" é uma proparoxítona; já "história" é uma paroxítona terminada em ditongo oral, seguido de "s". A palavra "Pará" é uma oxítona terminada em "a". Assim, as regras são diferentes. A alternativa (E) está errada, pois "até" é uma oxítona terminada em "e"; já "três" é um monossílabo tônico terminado em "e", seguido de "s". A palavra "índios" é uma paroxítona terminada em ditongo oral, seguido de "s". Assim, as regras são diferentes. Gabarito: B
Questão 12: MPE SE 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC) Todas as palavras estão corretamente grafadas em: a) Os encarregados nos eventos beneficientes encaminhavam seus pedidos de verba à chefia. b) Os executivos se responsabilizavam pela organização de eventos, anciosos por sucesso. c) Os chefes ciosos de sua responsabilidade zelavam pela contratação de bons comunicadores. d) Os chefes dos setores da empresa cuidavam dos emprendimentos com vistas à sua promoção. e) Os empresários estavam a
Comentário: Na alternativa (A), a grafia correta é "beneficentes". Os encarregados nos eventos beneficentes encaminhavam seus pedidos de verba à chefia. Na alternativa (B), a grafia correta é "ansiosos". Basta se lembrar de "ansiedade". Os executivos se responsabilizavam pela organização de eventos, ansiosos por sucesso. A alternativa (C) é a correta. Veja que o adjetivo "cioso" tem o sentido de "cuidadoso", "zeloso". Os chefes ciosos de sua responsabilidade zelavam pela contratação de bons comunicadores. Na alternativa (D), a grafia correta é "empreendimentos". Os chefes dos setores da empresa cuidavam dos empreendimentos com vistas à sua promoção. Na alternativa (E), a grafia correta é "a fim de". Os empresários estavam a fim de contratar pessoas capacitadas para exercerem as suas funções. Gabarito: C
Questão 8: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC) Respeita a ortografia oficial vigente: a) O culto à ignorância e à xenofobia é o responsável, em nosso dia-a-dia, por esta situação deplorável, que enserra a população local na bolha impenetrável de seus interesses e valores particulares. b) Incrementar a participação política é um desafio perene, aja vista a nova estratégia de controle político que aparelha muitos órgãos públicos, incluindo os do setor educacional. c) A soberania do mercado não é imprescindível para a democracia liberal − é uma alternativa a ela e a todo tipo de política, na medida em que elimina a necessidade de serem tomadas decisões que contemplem consensos coletivos. d) Foram mencionadas as estratégias para disperçar as cepas oligárquicas das altas esferas do poder e, sobretudo, para prover o controle jurídico das suas ações; mais, até o momento, não se obteve sucesso. e) Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele sempre optava pelas vias mais polêmicas afim de obter atenção da audiência.
Comentário: Na alternativa (A), a grafia correta é "encerra". A grafia "dia-adia" caiu com a nova reforma ortográfica. Mas ela não foi alvo de penalização da banca à época(2015), pois havia o período de transição em que as duas regras ainda valiam. A partir de janeiro de 2016, não se admite mais a grafia antiga, somente a nova. Veja a correção: O culto à ignorância e à xenofobia é o responsável, em nosso dia a dia, por esta situação deplorável, que encerra a população local na bolha impenetrável de seus interesses e valores particulares. Na alternativa (B), a locução "haja vista" deve ser grafada com "h". Veja a correção: Incrementar a participação política é um desafio perene, haja vista a nova estratégia de controle político que aparelha muitos órgãos públicos, incluindo os do setor educacional. A alternativa (C) é a correta. Cuidado com a locução conjuntiva causal "na medida em que", com duas preposições "em". Além disso, atente à correta grafia da palavra "consenso". Na alternativa (D), a grafia correta é "dispersar". Para ficar mais fácil, basta se lembrar da palavra "disperso". Além disso, há na última oração uma ideia adversativa, por isso a grafia correta do conectivo é "mas". Para você não ficar na dúvida, a palavra "cepas" está correta e se refere a linhagem ou família. Veja a correção: Foram mencionadas as estratégias para dispersar as cepas oligárquicas das altas esferas do poder e, sobretudo, para prover o controle jurídico das suas ações; mas, até o momento, não se obteve sucesso. Na alternativa (E), "iam" não pode receber acento, haja vista que há uma palavra paroxítona terminada em "m". A locução prepositiva de valor de finalidade é "a fim de". Veja a correção: Cuidado com a expressão "de encontro a" e "ao encontro de". A primeira expressa confronto, oposição; a segunda, afinidade. Como o contexto nos indica que há polêmica, naturalmente, entendemos a ideia de confronto. Assim, a grafia da expressão está correta. Veja a correção: Suas ideias iam de encontro às dos demais; ele sempre optava pelas vias mais polêmicas a fim de obter atenção da audiência. Gabarito: C
Questão 9: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC) Está redigida corretamente, quanto à ortografia e à acentuação gráfica, a frase: a) A louza tradicional foi substituída por uma exposição em PowerPoint na aula que teve como expectadores uma equipe de insígnes cientistas chineses. b) O intuito da aula de Xiaomei consistiu em exibir as habilidades da robô, que, além de dispor de um notável repertório de informações, traz funções de interação. c) O evento ocorrido na Universidade Jiujiang deve sucitar não apenas a curiosidade dos sinólogos, estudiosos da cultura chinesa, mas do publico de um modo geral. d) Xiaomei concluiu sua aula de maneira exitosa e os cientistas julgaram que a robô não teve um mal desempenho, embora ainda existam alguns ítens a ser aprimorados. e) O juri de cientistas que examinaram a atuação de Xiaomei era restrito, mas, graças às redes sociais, a notícia da robô se extendeu rapidamente pelo mundo todo.
Comentário: Na alternativa (A), a grafia correta é "lousa" e "insignes". Além disso, a palavra "expectadores" se refere àqueles que estão na expectativa. Neste contexto, a referência é a uma assistência, por isso a grafia correta é "espectadores". Veja a correção: A lousa tradicional foi substituída por uma exposição em PowerPoint na aula que teve como espectadores uma equipe de insignes cientistas chineses. A alternativa (B) é a correta. Lembre-se de que a flexão do artigo no gênero feminino em "da robô" não tem relação com acentuação, nem ortografia. O intuito da aula de Xiaomei consistiu em exibir as habilidades da robô, que, além de dispor de um notável repertório de informações, traz funções de interação. Na alternativa (C), as grafias corretas são "suscitar"e "público". Veja a correção: O evento ocorrido na Universidade Jiujiang deve suscitar não apenas a curiosidade dos sinólogos, estudiosos da cultura chinesa, mas do público de um modo geral. Na alternativa (D), a expressão correta é "mau desempenho", pois "mau" é um adjetivo que caracteriza "desempenho". Além disso, "itens" não pode ser acentuado, por ser paroxítona terminada em "ens". Vale lembrar que o adjetivo "exitosa" está correto, pois tem relação com "êxito". Xiaomei concluiu sua aula de maneira exitosa e os cientistas julgaram que a robô não teve um mau desempenho, embora ainda existam alguns itens a ser aprimorados. Na alternativa (E), a grafia correta é "júri", pois a paroxítona terminada em "i" deve ser acentuada. A grafia correta é "estendeu". Veja a correção: O júri de cientistas que examinaram a atuação de Xiaomei era restrito, mas, graças às redes sociais, a notícia da robô se estendeu rapidamente pelo mundo todo. Gabarito: B
Questão 18: Pref SP 2007-Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação dos impulsos instintivos: também o homem regozija-se em atender a muitos deles. (B) As situações de impunidade infligem sérios danos à organização das sociedades que tenham a pretenção da exemplaridade. (C) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre a premênsia dos instintos naturais e a força da razão. (D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da satisfação dos instintos, devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre nós. (E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de modo que a cada delito corresponda uma justa punição
Comentário: Na alternativa (A), a palavra "primasia" deve ser grafada com "z": primazia. Na alternativa (B), o verbo "infligem" está corretamente empregado, pois significa "causar", "produzir"; mas o substantivo "pretenção" deve ser grafado com "s", por ser gerado a partir do verbo "pretender". Assim: "pretensão". Na alternativa (C), o erro está no substantivo "premênsia", o qual deve ser grafado com "c": premência. Na alternativa (D), o substantivo deve ser "abstenção", pois foi gerado do verbo "abster". O verbo "constringir" está correto, pois se encontra no sentido de "envolver". A alternativa (E) é a correta, pois o substantivo "dissuasão" está corretamente grafado com "s", por ser gerado a partir do verbo "dissuadir"; "sanções" está corretamente grafado com "ç". Gabarito: E
Questão 3: PGE BA 2013 Assistente de Procuradoria (banca FCC) Todas as palavras estão acentuadas de acordo com as normas oficiais em: a) Aquí também se observam as preferencias musicais dos jovens que usam o transporte público. b) As raizes da falta de educação dos jóvens se devem também à falta de educação dos pais. c) Os ônibus contem uma verdadeira platéia ouvindo musicas altas nem sempre de carater muito agradável. d) Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular, dentro dos ônibus. e) Alguem falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um comportamento publico repreensível
Comentário: Na alternativa (A), as grafias corretas são "Aqui", porque não acentuamos oxítonas terminadas em "i", e "preferências", porque as paroxítonas terminadas em ditongo oral são acentuadas. Veja: Aqui também se observam as preferências musicais dos jovens que usam o transporte público. Na alternativa (B), as grafias corretas são "raízes", porque ocorre hiato, e "jovens", porque não acentuamos paroxítonas terminadas em "ens". Veja: As raízes da falta de educação dos jovens se devem também à falta de educação dos pais. Na alternativa (C), a palavra "contêm" deve ser acentuada com acento circunflexo, tendo em vista o acento diferencial (ele contém, eles contêm); "plateia" perdeu o acento com a reforma ortográfica, mas, à época da prova, admitiam as duas grafias (a antiga e a nova); a palavra "músicas" é proparoxítona e "caráter" é paroxítona terminada em "r". Os ônibus contêm uma verdadeira plateia ouvindo músicas altas nem sempre de caráter muito agradável. A alternativa (D) é a correta. Note o acento diferencial em "têm", haja vista o sujeito ser plural. Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular, dentro dos ônibus. Na alternativa (E), "alguém" é acentuada por ser oxítona terminada em "em". A palavra "público" é uma proparoxítona, por isso deve ser acentuada. Alguém falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um comportamento público repreensível. Gabarito: D
Questão 46: Prefeitura Salvador 2008 Técnico (banca FCC) Todas as palavras estão corretamente escritas na frase: (A) Ganhar a vida no mar exige audácia e coragem diante da magnitude propissiada pela natureza, em contraste com a umildade do homem. (B) Para quem nunca viu o mar, a imagem de marés que vão esvaziando e enchendo auternadamente é inesplicável e perturbadora. (C) É grandioso o espetáculo que o mar proporciona, com o extrondo e a espantoza beleza das grandes ondas que explodem nos rochedos. (D) Caminhar pela praia significa catar conchas e búzios, converçar com banhistas e observar pescadores que concertam suas redes. (E) A visão do mar, com o incessante vaivém das ondas, exerce fascínio sobre as pessoas, que permanecem horas a fio a observá-lo.
Comentário: Na alternativa (A), devemos corrigir as palavras para a seguinte forma: propiciada e humildade. Na alternativa (B), devemos corrigir as palavras para a seguinte forma: alternadamente e inexplicável. Note que o verbo "enchendo" está corretamente grafado com "ch", porque é derivado do adjetivo "cheio", o qual tem radical com "ch". Na alternativa (C), devemos corrigir as palavras para a seguinte forma: estrondo e espantosa. Na alternativa (D), devemos corrigir as palavras para a seguinte forma: conversar e consertam. Note que o verbo "concertar" (com "c") tem ligação semântica com "harmonizar", "concordar", "ajustar". Já "consertar" (com "s") tem ligação semântica com "pôr em bom estado", "corrigir", "reparar", "arrumar". Assim, cabe apenas o segundo valor. A alternativa (E) é a correta. Note as palavras "incessante" (sem cessar), "vaivém" e "fascínio", corretamente grafadas. Gabarito: E
Questão 47: TRT 4ªR 2011 - Analista (banca FCC) A redação correta é: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. (B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. (C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente
Comentário: Na alternativa (A), não há crase antes do pronome "ela". O pronome "nós" não está paralelo ao outro núcleo; por isso a construção correta seria: "conosco e com a imprensa". O verbo corretamente grafado seria "aquiescendo". Nesta construção, o ideal seria a oração reduzida de gerúndio "não aquiescendo" iniciar novo período. Como toda a estrutura possui verbo no passado, a correlação ficaria correta com o verbo "tem" no pretérito imperfeito do indicativo. Corrigindo, ficaria: Comentário: Na alternativa (A), não há crase antes do pronome "ela". O pronome "nós" não está paralelo ao outro núcleo; por isso a construção correta seria: "conosco e com a imprensa". O verbo corretamente grafado seria "aquiescendo". Nesta construção, o ideal seria a oração reduzida de gerúndio "não aquiescendo" iniciar novo período. Como toda a estrutura possui verbo no passado, a correlação ficaria correta com o verbo "tem" no pretérito imperfeito do indicativo. Corrigindo, ficaria:
Questão 27: TRT 21ªR 2003 Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) A dissuazão do inimigo poderoso, do qual se teme a força da obsessão irracional, pode ocorrer por meio de uma arma de potência inescedível. (B) Se as armas não discriminam suas vítimas, não há por que não possam voltar-se contra os que as manejem, alheias aos supostos privilégios de quem as aciona. (C) A cisânia imposta pelos nazistas aqueles que não foram exterminados está na raiz de alguns conflitos que até hoje prevalescem no Oriente Médio. (D) Em textos suscintos, Einstein promoveu a discussão de temas melindrosos, condenando a todos os que infrinjem as normas democráticas. (E) Einstein admitia dissenções em discussões científicas, mas era intransijente quanto aos valores éticos que devem nortear nossa vida.
Comentário: Na alternativa (A), o correto é "dissuasão" e inexcedível" (sem exceder). Na alternativa (C), o correto é "cizânia", "àqueles" e "prevalecem". Na alternativa (D), o correto é "sucintos" e "infringem". Na alternativa (E), o correto é "dissensões" e "intransigente". Gabarito: B
Questão 24: TRT 24ªR 2003 Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Ao ascender à condição de um grande sistema de mercados, a economia mundial propisciou o poder hegemônico dos grandes conglomerados financeiros. (B) Se os grandes centros econômicos não se emiscuíssem decisivamente nas economias nacionais, talvez estas lograssem alcançar um índice expressivo de desenvolvimento. (C) Os economistas podem discentir quanto às soluções para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem que o imperialismo econômico é um fator crucial para nosso atraso. (D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa economia com o da expansão da economia global constitui uma das exigências mais difíceis de serem atendidas. (E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa posição de maior relevância entre os países emerjentes.
Comentário: Na alternativa (A), o correto é "propiciou". Na alternativa (B), o correto é "imiscuíssem" (intrometer-se). Na alternativa (C), o correto é "dissentir" (desacordo). Na alternativa (E), o correto é "emergentes". Gabarito: D
Questão 26: TRT 12R 2010 Técnico (banca FCC) O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em: (A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem tem conduzido neste último ano. (B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós mesmos o fizestes. (C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma situação surgida recentemente. (D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que dependem de vosso conhecimento nessa área. (E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Comentário: Na alternativa (A), o pronome correto seria "V. Sa." (Vossa Senhoria). Além disso, a expressão "cumprimentar-vos" deve ser corrigida para "cumprimentá-lo". Na alternativa (B), o verbo "encetaram" é transitivo direto e tem como sujeito elíptico "V. Exa", por isso deve ser flexionado na terceira pessoa do singular (encetou). O pronome relativo "que" está na função de objeto direto e retoma "os trabalhos". A expressão "vós mesmos o fizestes" deve ser corrigida para "Vossa Excelência mesma o fez". Perceba que o pronome demonstrativo pode também ser flexionado no gênero masculino (mesmo), quando houver algum referente do sexo masculino. Na alternativa (C), o verbo e pronomes devem ser flexionados na terceira pessoa. Corrigindo, teremos "deve estar", "lhe", "sua". Na alternativa (D), o verbo "abandoneis" e o pronome "vosso" devem se flexionar na terceira pessoa (abandone e seu). A alternativa (E) está correta, pois os verbos e pronomes estão corretamente flexionados na terceira pessoa do singular. Gabarito: E
Questão 17: Sec Faz SP 2006 - Fiscal de rendas SP (banca FCC) A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto da língua é: (A) As reflexões do iminente estudioso, insertas em texto bastante acessível ao leigo, nada têm daquele teor iracível e tendencioso que se nota em algumas obras polêmicas. (B) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acerca de questões polêmicas como a de rever o significado assente de fatos históricos: "é mera questão de querer auferir prestígio". (C) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito da exigüidade do vosso tempo, sempre recebeu os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio. (D) Sob a rubrica de "As grandes explorações", o autor leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e desejo de pôr em discussão algumas questões. (E) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em associar o início da modernidade à Descartes, mas a questão não pára por aí: há pontos mais complexos em discussão.
Comentário: Na alternativa (A), o vocábulo "iminente" (o que está a ponto de acontecer) deve ser substituído por "eminente" (sublime; ilustre, notável). O adjetivo "insertas" está correto, pois significa "inseridas", "introduzidas". O verbo "têm" está corretamente acentuado por estar no plural, concordando com "reflexões". O adjetivo corretamente grafado é "irascível" (característica daquele que se ira com facilidade, irritável). As reflexões do eminente estudioso, insertas em texto bastante acessível ao leigo, nada têm daquele teor irascível e tendencioso que se nota em algumas obras polêmicas. A alternativa (B) é a correta, pois "adivinhar" realmente recebe o "i" após o "d" (adivinhar); "detratores" são aqueles que depreciam o mérito de algo ou de alguém (difamar, infamar, detrair); "acerca de" é o mesmo que "sobre"; "assente" é o mesmo que "assentado", "admitido", "comprovado"; "auferir" é o mesmo que "obter". Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acerca de questões polêmicas como a de rever o significado assente de fatos históricos: "é mera questão de querer auferir prestígio". Na alternativa (C), a palavra "exiguidade", à época da prova, poderia receber trema. A partir de 2009, não se usa mais o trema. Esta palavra significa "escasso" e está corretamente empregada. Os verbos e pronomes que se referem a um pronome de tratamento ("Vossa Senhoria") devem se flexionar na terceira pessoa do singular. Assim, o verbo "recebeu" está corretamente empregado, mas o pronome correto é "seu". O substantivo "apoio" é uma paroxítona terminada em "o", por isso não tem acento. Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito da exiguidade do seu tempo, sempre recebeu os estudiosos do assunto e lhes deu grande apoio. Na alternativa (D), o substantivo "rubrica" está corretamente grafado sem acento, por ser uma paroxítona terminada em "a". Note que a preposição "sob" está corretamente empregada, pois significa "debaixo de". Assim, entendemos que "As grandes explorações" foram as bases de seu interesse pelo tema. O problema nesta frase é o verbo "sucitou", que deve receber "s": "suscitou". O verbo "pôr" está corretamente grafado, por possuir acento circunflexo, que o diferencia da preposição "por". O substantivo "discussão" está corretamente grafado com "ss", por ser gerado do verbo "discutir". Sob a rubrica de "As grandes explorações", o autor leu muito do que lhe suscitou interesse pelo tema e desejo de pôr em discussão algumas questões. Na alternativa (E), "ultraje" deve ser grafado com "j". O substantivo "hesitação" (dúvida) está corretamente grafado, não o confunda com "êxito". O substantivo "Descartes" é um nome próprio masculino, portanto não admite artigo "a". Por isso, não admite crase. O verbo "pára", à época da prova, era acentuado. A partir de 2009, esse acento não existe mais. Certas pessoas consideram ultraje a hesitação em associar o início da modernidade a Descartes, mas a questão não para por aí: há pontos mais complexos em discussão. Gabarito: B
Questão 4: O autor afirma que a sabedoria popular também hesita, e se contradiz − fato que se pode constatar quando se comparam os seguintes provérbios: (A) Quem vê cara não vê coração e Nem tudo o que reluz é ouro. (B) Quem espera sempre alcança e Deus ajuda quem cedo madruga. (C) Casa de ferreiro, espeto de pau e Santo de casa não faz milagre. (D) Depois da tempestade vem a bonança e Nada como um dia depois do outro. (E) A união faz a força e Uma andorinha só não faz verão.
Comentário: Nesta questão, devemos comparar os ditos populares e verificar em qual alternativa eles se contradizem. Não alternativa (A), não há contradição entre os ditos populares, pois ambos se referem à imagem exterior ("Quem vê cara", "Nem tudo o que reluz") em contraposição à essência interior ("não vê coração", "é ouro" (num sentido conotativo de boa característica humana). A alternativa (B) é a correta, pois há contradição entre os ditos populares. Veja que o primeiro faz alusão a quem espera algo acontecer; já o segundo faz alusão à pessoa que busca o que se quer, não espera, luta por seus objetivos. Na alternativa (C), não há contradição, pois ambos os ditos se referem à situação de que nem sempre os descendentes seguem as atividades dos gestores da família. Na alternativa (D), não há contradição, pois ambos os ditos se referem à situação de que, após um obstáculo, um problema, seguem dias melhores. Assim, os percalços são passageiros. Na alternativa (E), não há contradição, pois ambos os ditos se referem à situação de que deve haver união de forças para vencer. Gabarito: B
Questão 14: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC) Sobre a dificuldade de ler Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade. Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos. Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta. O texto foi escrito originalmente para ser lido em uma palestra, durante uma feira de editores, em Roma, no ano de 2012. Daí vem o tom de conversa, de quem aborda os interlocutores diretamente, trazendo-os para o texto. Estes ouvintes são referidos pelo autor quando utiliza os pronomes (A) eu e o. (B) ela e nos. (C) lhes e vocês. (D) daqueles e ele. (E) me e sua.
Comentário: Nota-se a referência aos interlocutores nos seguintes pronomes "lhes", "vocês", "seus" e "suas". Veja: Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade. Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos. Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C
Questão 41: TRF 5ªR 2003 Analista (banca FCC) Está apropriado o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) A opinião do autor vai de encontro a daqueles que vêm no cinismo uma das armas que os humoristas não despensam. (B) As emissoras lutam entre si pela obtensão de um grande nível de audiência, razão porque fazem da cobertura da guerra um grande espetáculo. (C) Os discursos dos governantes revelam toda a sua hipocrisia quando enfatizam a nobreza dos motivos que os levaram à conflagração. (D) Não é atoa que os jornalistas mais próximos das cenas de combate são os que dispendem mais esforços para evitar a banalização da violência. (E) A assepssia que caracteriza as transmissões tem a pretenção de promover uma imagem aceitável das cenas mais brutaes.
Comentário: Note o tipo de questão: pede-se, além da grafia, o correto emprego de palavras. A alternativa correta é a (C). É importante notar a correta grafia de "discursos", "hipocrisia", "nobreza", "conflagração". Na (A), o contexto exige o verbo ver; por isso o correto é "veem" (à época da prova seria "vêem"). A locução "vai de encontro a" não está errada, pois o contexto admite a ideia de oposição. O problema é que essa expressão termina com a preposição "a" e o substantivo "ideia" está subentendido antes de "daquele". Isso obriga a inserirmos a crase. Veja: "... a opinião do autor vai de encontro à (opinião) daqueles...". Além disso, deve-se corrigir para "dispensam". Na (B), os vocábulos corretamente grafados são "obtenção" e "por que"; pois o "que" é pronome relativo e pode ser substituído por "a qual". Veja: "...razão pela qual fazem da cobertura da guerra..." Na (D), o vocábulo "atoa" não existe. Antes da Reforma Ortográfica, havia hífen nessa expressão ("à-toa"), agora não mais se usa esse sinal gráfico: "à toa". O verbo correto é "despendem", que significa "consumir, gastar". Na (E), o correto é "assepsia", "pretensão" e "brutais". Gabarito: C
Questão 17: Pois que reinaugurando essa criança O segmento grifado acima pode ser substituído, no contexto, por: (A) Mesmo que estejam. (B) Apesar de estarem. (C) Ainda que estejam. (D) Como estão. (E) Mas estão.
Comentário: Note que essa estrutura é uma oração reduzida de gerúndio. A banca nos ajudou muito inserindo 4 alternativas com valor de oposição. As alternativas (A), (B) e (C) transmitem valor adverbial concessivo. A alternativa (E) possui valor coordenado adversativo. O único diferente é a alternativa (D), com o valor adverbial de causa. Por isso esta é a correta. Gabarito: D
Questão 22: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC) Fragmento do texto: Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere.
Comentário: Note que o pronome demonstrativo "Esta" faz menção ao que ainda será dito: a história ainda será contada. Dessa forma, há o recurso catafórico. O pronome pessoal oblíquo átono "a" retoma o substantivo feminino e singular "história". Assim, há o recurso anafórico. Dessa forma, somente o pronome "Esta" se antecipou ao elemento a que se refere, e não os dois pronomes, conforme afirmou a questão. Gabarito: E
Questão 29: TRT 17ªR - 2004 - Analista (banca FCC) Estão corretamente grafadas todas as palavras da frase: (A) Não devem prevalescer nossas intuições ou percepções mais imediatas, mas apenas os critérios mais objetivos, quando se trata de formular alguma precisa definição. (B) A todos os que apenas subsistem, como é o caso de quem vive da mendicância, negam-se os direitos da cidadania, ao passo que para uns poucos reservam-se todos os privilégios. (C) Não se constitue uma sociedade verdadeiramente democrática enquanto não venham a incluir-se nela aqueles que, já a séculos, vivem mais do sistema de favor que de um trabalho digno. (D) Os que alferem lucros excessivos na exploração do trabalho alheio também devem ser responsabilizados pelo contijente de infelizes que estão abaixo da linha de pobreza. (E) Deve-se à inépsia ou à má fé de sucessivos governos, que descuraram a implementação de medidas de caráter social, o fato de
Comentário: Novamente a palavra "privilégios" é cobrada. A alternativa (B) é a correta. Vejamos as correções das demais: (A): prevalecer; (C): constitui, há séculos; (D): auferem, contingente; (E): inépcia, má-fé. Gabarito: B
Questão 9: O autor vale-se do emprego do pronome você, ao longo do segundo parágrafo, da mesma forma que esse pronome é empregado em: (A) Quando perguntei se você gostava de viajar, você titubeou, e não me respondeu. (B) Já sei a opinião dele acerca da mídia eletrônica; gostaria que você me dissesse, agora, qual a sua. (C) Não é aquele ou aquela passageira que me interessa; meus olhos não conseguem desviar-se de você. (D) Quando se está em meio a um tumulto, você não consegue concentrar-se em seus próprios pensamentos. (E) Espero que você não tenha se ofendido por eu lhe haver proposto que desligue o celular enquanto conversamos.
Comentário: O autor do texto vale-se do pronome de tratamento "você" de sentido geral, indefinindo o agente, quer dizer, "quem se passar por tal situação". Deve-se inferir das alternativas (A), (B), (C) e (E) que o pronome de tratamento retrata o locutor (com quem se fala, uma pessoa específica), e não é esse o uso no texto. Porém, na alternativa (D), o exemplo é de que "Quando se está em meio a um tumulto, você (isto é, qualquer pessoa que estiver nesta situação) não consegue concentrar-se em seus próprios pensamentos." O autor poderia também optar por indeterminar o sujeito: "... não se consegue concentrar nos próprios pensamentos." Gabarito: D
Questão 23: TRT 20ªR 2002 Analista (banca FCC) Há palavras escritas de modo INCORRETO na alternativa: (A) Investimentos maciços em educação, saúde e reforma agrária constituíram a fórmula utilizada por países mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os índices de pobreza. (B) O problema da miséria no Brasil apresenta componentes bem mais perversos do que a simples escassez de recursos, que caracteriza o problema em outros países, como no continente africano. (C) Os recursos gastos na área social acabam sendo insuficientes, como por exemplo, a parcela mínima destinada ao saneamento básico, importante para aumentar a expectativa de vida da população. (D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão de proteínas e de outras substâncias, degenera em má-formação do sistema neurológico, com danos irreversíveis, na maioria das vezes. (E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria só baixará quando houver crecimento da economia, assossiado a um modelo mais justo de distribuição de renda para a população.
Comentário: O correto é "crescimento" e "associado". Gabarito: E
Questão 26: TRT 24ªR 2006 Técnico (banca FCC) Há palavras escritas de forma INCORRETA na frase: (A) Os proprietários, conscientes da necessidade de preservar o equilíbrio ecológico, criaram regras rígidas de controle das atividades de turismo. (B) Os emprendimentos turísticos da região Centro-Oeste são divercificados, desde atividades culturais até a prática de esportes náuticos e radicais. (C) As atividades turísticas no Pantanal devem adaptar-se às condições climáticas da região, que permanece alagada e intransitável metade do ano. (D) A exploração não predatória das maravilhas naturais da região CentroOeste constitui um itinerário bastante atraente para o turismo ecológico. (E) O turismo ecológico é seletivo e oferece atrações, como o lazer urbano e rural, que não comprometem o equilíbrio do meio ambiente.
Comentário: O correto é "empreendimentos" e "diversificados". Gabarito: B
Questão 22: TRT 16ªR 2009 Técnico (banca FCC) A frase em que há palavras escritas de modo INCORRETO é: (A) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as safras de grãos. (B) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações, considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na circulação do ar. (C) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta. (D) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e inabitável deserto. (E) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao redor do planeta.
Comentário: O correto é "indiscriminado" e "extenso". Uma curiosidade: o verbo é "estender" e o adjetivo é "extenso". Gabarito: D
Questão 25: TRT 20ªR 2006 Técnico (banca FCC) Há palavras escritas do modo INCORRETO na frase: (A) Gozar a vida com qualidade é objetivo de muitos profissionais que não hesitam em deixar seu país de origem, para trabalhar no exterior. (B) Países emergentes têm apresentado desenvolvimento consistente em produção científica, indicador seguro dos benefícios trazidos pela globalização. (C) Produção científica está deixando de ser previlégio dos países mais ricos, pois dados rescentes apontam salto qualitativo em ciência e tecnologia na Ásia. (D) Observa-se um aspecto reverso em relação ao fenômeno de migração: profissionais altamente habilitados e capazes emigram do primeiro mundo, atualmente. (E) A capacidade de um país de produzir sua própria tecnologia torna-se excelente instrumento de percepção da solidez de seu desenvolvimento.
Comentário: O correto é "privilégio", "recentes". Gabarito: C
Questão 30: TRT 24ªR 2006 Técnico (banca FCC) Para responder às duas próximas questões, considere o fragmento, transcrito abaixo, como parte de um convite enviado a uma Autoridade. Enviamos ...... o convite para a cerimônia de inauguração do nosso Espaço Cultural, no próximo sábado. Esperamos contar com a ...... presença nesse evento, tão importante para nossa cidade. A ......., Senhor Leonardo Pataca Se o convite estiver sendo enviado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, as lacunas estarão corretamente preenchidas por (A) a V. Exa. - sua - Sua Excelência (B) a V. Exa. - vossa - Sua Excelência (C) a V. Exa. - sua - Vossa Excelência (D) a vós - sua - Sua Senhoria (E) a vós - vossa - Vossa Senhoria
Comentário: O pronome de tratamento correto para o "Presidente do Tribunal Superior do Trabalho" é Vossa Excelência, por ser alta autoridade. Este pronome pode ser abreviado para V. Exa., o que faz com que sejam eliminadas as alternativas (D) e (E). O pronome possessivo que se refere a este pronome deve permanecer na terceira pessoa, o que faz eliminar a alternativa (B). Quando se dirige diretamente à autoridade, utiliza-se "Vossa", mas no endereçamento a ela, utiliza-se "Sua"; por isso, a terceira coluna deve ser preenchida com o pronome "Sua Excelência" Gabarito: A
Questão 29: TRT 23ªR 2007 Técnico (banca FCC) Fragmento do texto: O desejo de mostrar-se em sintonia com o novo ainda funciona como uma necessidade de demonstrar algum tipo de poder. "Após seis séculos, a moda continua servindo de recurso para ostentar riqueza. É a maneira que o ser humano encontrou de manifestar, por meio das roupas e acessórios, que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza", afirma a historiadora Kathia Castilho, professora de Moda. ... que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza... O pronome grifado acima substitui corretamente, no contexto, (A) o novo. (B) o desejo. (C) o ser humano. (D) algum tipo de poder. (E) recurso para ostentar riqueza.
Comentário: O pronome pessoal oblíquo átono retomou, de acordo com o contexto, o termo "o ser humano". Note que é o único termo masculino e singular, exatamente o mesmo gênero e número do pronome "o". Gabarito: C
Questão 13: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC) Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações. Físicos, como foram chamados por Aristóteles, esses primeiros filósofos, de Tales a Anaxímenes, fundaram uma tradição de estudo da Natureza, seguida e aprofundada, entre outros, por Heráclito, Pitágoras, Demócrito. Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) Nas linhas 3 e 4, em "que explicasse a sua origem", a palavra destacada remete a "todos os seres", não se admitindo a possibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome
Comentário: O pronome possessivo "seu" retoma tanto "todos os seres", como a "Natureza", pois se pode entender que os primeiros filósofos gregos investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os seres, que explicasse a origem e as transformações de todos os seres. Devese lembrar que todos os seres são elementos constituintes da Natureza. Assim, não se pode descartar a possibilidade de retomada do substantivo "Natureza". Dessa forma, o erro da questão foi a afirmação categórica de que não se admite a possibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome. Gabarito: E
TRT 18ª R - 2008 - Analista (banca FCC) Viagem para fora Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus, sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer. Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório. Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço. Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto, entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos. (Thiago Solito da Cruz, inédito) Questão 7: Considerando-se o sentido integral do texto, o título Viagem para fora representa (A) uma alusão à exterioridade dos apelos a que se entregam os passageiros. (B) um específico anseio que o autor alimenta a cada viagem de ônibus. (C) a nostalgia de excursões antigas, em que todos se solidarizavam. (D) a importância que o autor confere aos devaneios dos passageiros. (E) a ironia de quem não se deixa abalar por tumultuadas viagens de ônibus.
Comentário: O tema, isto é, o sentido central do texto, normalmente é expresso pelo título, elemento estrutural que o resume ou nos induz a perceber seu sentido. "Viagem para fora" remete a "uma alusão à exterioridade dos apelos¹ a que se entregam os passageiros²." Observe que a alternativa (A), citada anteriormente, transmite explicitamente o que se diz na segunda frase do terceiro parágrafo do texto: "Mais parece que a maioria das pessoas entrega-se² gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudio-visuais¹." As expressões-chave tanto da resposta quanto da alternativa (A) foram colocadas em negrito para comparação e observação de sua proximidade semântica. Tendo em vista a explicação da alternativa (A), eliminam-se os outros itens. Mesmo assim, veja em negrito o que está errado nas demais alternativas: (B) um específico anseio que o autor alimenta a cada viagem de ônibus. (C) a nostalgia de excursões antigas, em que todos se solidarizavam. (D) a importância que o autor confere aos devaneios dos passageiros. (E) a ironia de quem não se deixa abalar por tumultuadas viagens de ônibus. Gabarito: A
Questão 33: TRT 6ªR 2006 Técnico (banca FCC) Considere o trecho de uma correspondência em que um jornalista se dirige a um escritor de renome, para solicitar uma entrevista: Desejo entrevistar ...... e, portanto, solicito que me...... duas horas em dia a ser agendado previamente. Agradecendo- ...... antecipadamente, João das Tintas Jornalista As lacunas encontram-se corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) V. Exa. - reserveis - vos (B) S. Exa. - reserve - vos (C) S. Sa. - reserveis - lhe (D) V. Sa. - reserveis - vos (E) V. Sa. - reserve - lhe
Comentário: O tratamento Vossa Senhoria (V. Sa.) é o adequado tendo em vista que é cerimonioso e direcionado a um cidadão, que não está investido de cargos de alta autoridade. Vimos que verbo e pronome que façam referência a este pronome de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa; por isso só cabe a alternativa (E). Gabarito: E
Questão 28: TRT 2R 2008 técnico (banca FCC) Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao Prefeito da cidade: Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de solucionar tais problemas. A ...... dispor, atentos às providências, Os moradores As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: (A) V.Sa. - mandeis - vosso (B) V.Exa. - mande - seu (C) V.Exa. - mandeis - seu (D) V.Sa. - mande - vosso (E) V.Exa. - mande - vosso
Comentário: O verbo que concorda com o pronome de tratamento deve se flexionar em terceira pessoa. Por isso, devem-se excluir as alternativas (A) e (C), pois os verbos estão flexionados na segunda pessoa do plural. Da mesma forma, os pronomes que se referem ao pronome de tratamento também devem se flexionar em terceira pessoa. Assim, excluem-se as alternativas (D) e (E). Dessa forma, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B
Questão 10: O último período do texto retoma e arremata, conclusivamente, uma idéia que já se representara na seguinte passagem: (A) (...) há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias (...). (B) A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio (...). (C) Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente (...). (D) Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço. (E) Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor.
Comentário: O último período é: "Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos". Percebemos que essa frase não se refere aos trechos expostos nas alternativas (B), (C), (D) e (E). Mas a alternativa (A) mostra literalmente as palavras-chave do último período: (A): "...há dispositivos de toda espécie¹ para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal²." (texto): "Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo² na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos¹
Questão 35: TRT 24ªR 2011 Analista (banca FCC) O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto na frase: (A) A Vossa Excelência, como Membro deste Tribunal, será encaminhado o processo em que devereis anexar vosso Parecer. (B) Esperamos que V. Sa, aceiteis o convite que ora lhe fazemos, e que nos honrará com vossa presença nesse evento. (C) V. Excia., Senhor Conselheiro deste Tribunal, deverá emitir a orientação a ser seguida por sua equipe de auxiliares. (D) Solicitamos a vós todos, nobres senhores Deputados, que vos unis a nós em defesa dos direitos estabelecidos pela Constituição. (E) É para vós, Vossa Senhoria, que dirigimos nossa solicitação, no sentido de nossa equipe ser recebida em vosso escritório.
Comentário: Os verbos e pronomes que se referem ao pronome de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa do singular. A alternativa (C), quanto ao emprego do pronome de tratamento, está correta; apesar de a abreviatura "V. Excia" não ser a prevista no Manual de Redação da Presidência da República, nem nas gramáticas tradicionais. A abreviatura prevista é "V. Exa.". Mas como aquela abreviatura é admitida em algumas gramáticas e a questão se referiu ao emprego do pronome, esta alternativa ainda pode ser considerada a correta. Assim, estão corrigidas em negrito as demais alternativas. Veja: (A) A Vossa Excelência, como Membro deste Tribunal, será encaminhado o processo em que deverá anexar seu Parecer. (B) Esperamos que V. Sa., aceite o convite que ora lhe fazemos, e que nos honrará com sua presença nesse evento. (C) V. Exa., Senhor Conselheiro deste Tribunal, deverá emitir a orientação a ser seguida por sua equipe de auxiliares. (D) Solicitamos a Vossas Excelências, nobres senhores Deputados, que se unam a nós em defesa dos direitos estabelecidos pela Constituição. (E) É para Vossa Senhoria que dirigimos nossa solicitação, no sentido de nossa equipe ser recebida em seu escritório. Gabarito: C
Questão 45: TRF 5R 2008 Técnico (banca FCC) A frase em que se encontram palavras escritas de modo INCORRETO é: (A) Observou-se um repentino comportamento agressivo em um dos integrantes do grupo, sem que se soubesse por que ele agia de modo tão estranho. (B) Na sociedade moderna, as regras são produzidas como em uma linha de montagem industrial e recheiam os manuais de auto-ajuda. (C) A insegurança no relacionamento dentro de uma equipe em situação de trabalho pode gerar graves conseqüências na produtividade. (D) A complexidade do mundo moderno exige sençatez diante dos dezafios do convívio social, que aumentam em proporção geométrica. (E) Por que se tornou tão necessário haver regras de convivência harmoniosa, não só nas empresas, mas também nos relacionamentos pessoais?
Comentário: Outra questão tranquila!!!! Veja que, na alternativa (D), o correto é "sensatez" e "desafios". Gabarito: D
Questão 3: Considerando-se o contexto, está clara e corretamente traduzido o sentido deste segmento: (A) permitindo que a prudência nos imobilize (2º parágrafo) = estacando o avanço da cautela. (B) a sabedoria popular também hesita, e se contradiz (3º parágrafo) = a proverbial sabedoria também se furta aos paradoxos. (C) o confiante se vê malogrado (3º parágrafo) = deixa-se frustrar quem não ousa. (D) pés chumbados no chão da cautela temerosa (3º parágrafo) = imobilizado pela prudência receosa. (E) orientação conciliatória (4º parágrafo) = paradigma incontestável.
Comentário: Outra questão típica da FCC é a enumeração de segmentos e seus significados contextuais. A alternativa (A) está errada. Veja o contexto: "Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize". Note que a prudência nos imobilizar, contextualmente, tem valor parecido com o avanço da cautela. Assim, o uso do verbo "estacar" (paralisar, imobilizar) não cabe nesta frase. A alternativa (B) está errada, pois o verbo "furtar", quando transitivo indireto (furtar a algo), significa afastar, desviar, esquivar. Pelo contexto, entendemos que a proverbial sabedoria (a sabedoria popular) não se furta aos paradoxos (à contradição), pois, na visão do autor, ela se contradiz. A alternativa (C) está errada. Veja o contexto: "Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu." Note que tal expressão se refere a quem ousa. Além disso, ver-se malogrado significa não ter êxito, e não "deixar-se frustrar". A alternativa (D) é a correta, pois "pés chumbados no chão" (numa linguagem conotativa, figurada) é o mesmo que "imobilizado" (numa linguagem denotativa, literal), e "cautela temerosa" é o mesmo que "prudência receosa". A alternativa (E) está errada. Veja o contexto: "Confiar, desconfiando" é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda ganhar abraçando ambas as opções. Orientação significa, neste contexto, uma tendência, direção; já "paradigma" é o mesmo que "modelo", "padrão imposto". Além disso, conciliar é o mesmo que "pôr em harmonia, aliar, combinar". Já "incontestável" tem sentido bem diferente: algo sobre o qual não cabe discussão. Gabarito: D
Questão 18: que desta vez não perca esse caderno Com a frase acima o poeta (A) alude a uma impossibilidade. (B) exprime um desejo. (C) demonstra estar confuso. (D) revela sua hesitação. (E) manifesta desconfiança.
Comentário: Pela nossa explicação anterior, verificamos que há vontade de mudança. O verbo "perca" encontra-se no presente do subjuntivo, e sabemos que esse tempo verbal exprime desejo, possibilidade. Isso confirma a alternativa (B) como correta. Gabarito: B
Questão 25: TRF 1R 2001 Analista (banca FCC) A única frase corretamente construída é: (A) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código. (B) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código. (C) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as alterações. (D) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por favor. (E) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação do código.
Comentário: Pelo mesmo princípio apontado na questão anterior, veja que os verbos e pronomes que se referem aos pronomes de tratamento devem se flexionar em terceira pessoa. Assim: Na alternativa (A), o verbo deve ser trocado para aprecie. Na alternativa (B), o verbo deve ser trocado para termine. Na alternativa (C), o verbo "passares" deve ser flexionado na terceira pessoa do singular (passar), pois a locução verbal "poderá ver" está sendo empregada em terceira pessoa e os dois estão se referenciando ao mesmo termo. Na alternativa (D), o verbo "Conserva" está empregado na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo, combinando com o pronome "contigo". A locução verbal posterior está no imperativo negativo, mas na terceira pessoa do singular. Por isso, o correto é transpô-la para a segunda pessoa do singular do imperativo negativo: não vás perdê-lo. A alternativa (E) está correta, pois o verbo e o pronome estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular. Gabarito: E
Questão 8: Atente para as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, configura-se a tensão entre o desejo de recolhimento íntimo de um passageiro e a agitação de uma viagem noturna. II. No segundo parágrafo, o cruzamento de mensagens, em diferentes meios de comunicação, é considerado invasivo por quem preferiria entregar-se ao curso da imaginação pessoal. III. No terceiro parágrafo, o autor considera a possibilidade de os recursos da mídia eletrônica e o cultivo da vida serem usufruídos em tempos distintos. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I e III, somente. (E) II, somente.
Comentário: Perceba que este tipo de questão trabalha o conteúdo localizado. Ele induz o candidato a interpretar cada parte do texto. Na frase I, o erro está em dizer que houve a tensão entre o desejo de recolhimento íntimo de um passageiro e a agitação de uma viagem noturna. Verifique que a agitação é alvo dos próximos parágrafos, não do primeiro. A frase II a expressão "... o cruzamento de mensagens, em diferentes meios de comunicação, é considerado invasivo¹ por quem preferiria entregar-se ao curso da imaginação pessoal²." está inteiramente correta. Basta confrontá-la com a seguinte passagem do texto: "... sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar¹ um passageiro entregarse ao curso das idéias e da imaginação pessoal²". Por isso, está correta. A frase III a expressão "... o autor considera a possibilidade de os recursos da mídia eletrônica e o cultivo da vida serem usufruídos em tempos distintos¹." está correta, porque encontra base na primeira frase do terceiro parágrafo: "Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho¹". Perceba que o autor prefere desfrutar de cada conquista a seu tempo, e essa forma de desfrutar de algo implicitamente leva o leitor a entender que essa é a maneira de o autor do texto ver o cultivo da vida. Assim, a frase III também está correta. Gabarito: C
Questão 32: BB 2011 Escriturário (banca FCC) Todas as palavras estão escritas corretamente na frase: (A) Os esforsos para entender os fenômenos da natureza nem sempre conseguem hêsito, como, por exemplo, algumas pesquisas sobre aves. (B) O crecente desenvolvimento tecnológico permitiu aos pesquisadores analizar as reações provocadas pelo fluxo de sangue no bico do tucano. (C) O imenso tamanho do bico do tucano sempre causou estranheza naqueles que costumam observar os exemplos oferecidos pela natureza. (D) Com o tamanho imprecionante de seu bico, o tucano é considerado por estudiosos uma das aves brasileira mais exquizitas. (E) Os cientistas que se puzeram a estudar os tucanos concluíram que existem diverças funções para o enorme bico dessa ave.
Comentário: Questão bem tranquila, não é? Basta eliminar as palavras gritantemente erradas. Vamos lá! (A): esforços, êxito (A banca queria confundi-lo com "hesitar") (B): crescente, analisar (D): impressionante (derivado de "impressionar"), esquisitas (E): puseram, diversas Gabarito: C
Questão 20: TRE AC 2003 Técnico (banca FCC) Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Sentir-se feliz o tempo todo, que parece ser propósito geral atualmente, pode ser visto como privilégio, mas não deve tornar-se obsessão para as pessoas. (B) A persepção das razões do sentimento de tristeza que nos atinje pode levar ao controle de sua intensidade, na tentativa de evitar sofrimento maior, além de desnecessário. (C) A tristeza é um sentimento natural que aflora, surgindo em conseqüência de alguns reveses sofridos na vida, como um desentendimento com a pessoa amada. (D) Sabe-se que artistas e intelectuais viveram o auge de sua produção em momentos de grande melancolia, especialmente os compositores de obras musicais. (E) O caráter efêmero da felicidade é explicado por especialistas como um impulso biológico que garante a perpetuação da espécie humana, agindo como instrumento de defesa.
Comentário: Questão simples, não é???? Na alternativa (B), a grafia correta é "percepção" e "atinge". Gabarito: B
Questão 36: TRT MG - 2009 - Técnico (banca FCC) Observando-se as formas verbais e as de tratamento, deve-se considerar INCORRETA a seguinte frase: (A) Queremos encarecer-lhe a importância de sua opinião sobre a forma definitiva que a LRF deverá adotar. (B) Solicitamos que Vossa Senhoria vos manifesteis sobre o texto da LRF, que logo entrará em votação. (C) Peça a Sua Senhoria que divulgue até amanhã seu parecer sobre o texto da LRF. (D) Meu caro deputado, vimos pedir-te que te pronuncies sem demora sobre a redação da LRF. (E) Lê com atenção a LRF, por favor, e dize-nos se estás de acordo com todos os seus dispositivos.
Comentário: Questão tranquila, não é? A alternativa (B) é a errada e bastava você ter se lembrado de que verbo e pronome que se referem ao pronome de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa. Veja: Solicitamos que Vossa Senhoria se manifeste sobre o texto da LRF, que logo entrará em votação. As demais alternativas possuem as formas verbais devidamente flexionadas de acordo com os pronomes de tratamento. A alternativa (A) está correta, porque o verbo "encarecer" está sendo empregado como transitivo direto e indireto. O objeto direto é "a importância de sua opinião" e o objeto indireto é "lhe". A alternativa (C) está correta, pois o verbo "divulgue" e o pronome "seu" estão flexionados na terceira pessoa do singular, por fazerem referência ao pronome de tratamento "Sua Senhoria". Note que se está falando da autoridade. Assim, usa-se o pronome "Sua Senhoria", e não "Vossa Senhoria". A alternativa (D) está correta, pois não foi expresso pronome de tratamento, o vocativo "Meu caro deputado" induziu à utilização do pronome oblíquo átono "te". Assim, percebemos que os verbos e pronomes que se referem a este mesmo termo devem se flexionar na segunda pessoa do singular. O pronome "te" é o objeto indireto do verbo transitivo direto e indireto "pedir" (pedir algo a alguém). Assim, a oração "que te pronuncies sem demora sobre a redação da LRF" é subordinada substantiva objetiva direta. Dentro dessa oração, o verbo "pronuncies" está flexionado na segunda pessoa do singular, juntamente com o pronome reflexivo "te" (eu me pronuncio, tu te pronuncias, ele se pronuncia, nós nos pronunciamos, vós vos pronunciais, eles se pronunciam). Você poderia ter pensado o seguinte, mas a questão pediu pronome de tratamento e nesta alternativa não tem. Ela não deveria estar errada? Não, pois no pedido da questão, foi inserida também a observação das formas verbais e, nesta alternativa, há flexão correta de verbo. Você também poderia ter ficado na dúvida, porque o "te" ficou repetido e bem próximo um do outro. Isso não seria um problema numa correspondência oficial? Sim, poderia ser, mas a questão pediu especificamente as formas verbais e as de tratamento. Assim, não podemos ver isso como desvio desta alternativa. Para finalizar, se você achou que o verbo "vimos" está errado, pensando que o correto seria "viemos"; seu pensamento está errado, pois o verbo "vimos" está flexionado no presente do indicativo, de acordo com o contexto. Veja: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, eles vêm. A alternativa (E) está correta, pois também não há formas de tratamento, mas os verbos estão corretamente flexionados e se referem à segunda pessoa do singular. O verbo "Lê" e "Dize" estão flexionados na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo; solicitando algo ao interlocutor (com quem se fala). Além disso, o verbo "estás" também se refere ao mesmo interlocutor, o qual deve afirmar se ele está de acordo com os dispositivos da LRF. Note o uso do pronome possessivo "seu". Ele está correto. Ele não está se referindo ao interlocutor (com quem se fala). Ele está se referindo aos dispositivos da LRF (seus dispositivos: os da LRF). Por isso, está flexionado na terceira pessoa do plural. Lê com atenção a LRF, por favor, e dize-nos se estás de acordo com todos os seus dispositivos. Gabarito: B
TRE TO - 2011 - Analista (banca FCC) Cartão de Natal Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: que desta vez não perca esse caderno sua atração núbil para o dente; que o entusiasmo conserve vivas suas molas, e possa enfim o ferro comer a ferrugem o sim comer o não. João Cabral de Melo Neto Questão 15: No poema, João Cabral (A) critica o egoísmo, e manifesta o desejo de que na passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e façam o sim comer o não. (B) demonstra a sua aversão às festividades natalinas, pois nestes dias a aventura parece em ponto de vôo, mas depois a rotina segue como sempre. (C) critica a atração núbil para o dente daqueles que transformam o Natal em uma apologia ao consumo e se esquecem do seu caráter religioso. (D) observa com otimismo que o Natal é um momento de renovação em que os homens se transformam para melhor e fazem o ferro comer a ferrugem. (E) manifesta a esperança de que o Natal traga, de fato, uma transformação, e que, ao contrário de outros natais, seja possível começar novo caderno.
Comentário: Um poema não deve ser lido como um texto em prosa. Você deve perceber que o poema deve ser curto e sugestivo; pois poucas palavras devem induzir o leitor a entender algo além do que está apenas escrito. Só há delicadeza, arte e valor quando o poema não diz diretamente o tema, mas sugere por sensibilidade, sonoridade, linguagem figurada. Veja que o poeta não fala da passagem do ano. Ele a sugere como consequência da expressão "reinaugurando essa criança". A expressão "essa criança" é uma menção ao menino Jesus. Ao reinaugurá-lo, é manifestada a passagem de natal e o desejo do homem em mudar (reinaugurar) sua vida e pensar a mudança desta vida (começar novo caderno). Note no final da segunda estrofe a expressão "explodir suas sementes". É lógico que ela não está em seu sentido direto, denotativo; mas figurado, conotativo. Veja os dois-pontos na sequência. Isso quer dizer que há uma explicação dessa explosão de sementes. Para que as sementes explodem? Para germinar, para florescer, para gerar nova vida. É o que pensamos nas passagens de ano, não é o mesmo? Queremos sempre mudança, sempre pensando positivo para que a vida melhore. É esse o desejo do poeta. Mas ele não fala diretamente, sugere. Aí está a arte, a melodia, o ritmo. Veja que "este caderno" é a vida, na qual escrevemos nossa história. O verso "que não perca sua atração núbil para o dente" mostra o desejo de que os problemas ("o dente") não destruam nossos objetivos, nossa união ("atração núbil") e que tenhamos sempre entusiasmo em nossa vida para que tudo corra bem (conserve vivas suas molas). E assim a vida possa ser melhor com nosso desejo vencendo os problemas (o ferro comer a ferrugem / o sim comer o não). Pela forma como abordamos, veja agora a alternativa (E): "No poema, João Cabral manifesta a esperança de que o Natal traga, de fato, uma transformação¹, e que, ao contrário de outros natais², seja possível começar novo caderno³." Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno³, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: que desta vez² não perca esse caderno³ sua atração núbil para o dente; que o entusiasmo conserve vivas suas molas, e possa enfim o ferro comer a ferrugem o sim comer o não. Gabarito: E
Questão 38: TJ PE 2007 Superior (banca FCC) Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras da frase: (A) Para muitos, as regras da norma culta não são fortuítas, pois elas reinteram as raízes mesmas da língua. (B) A extorção a que se refere o autor no final do texto corresponde a uma espécie de recaida em um pecado. (C) Quem fala e escreve na estrita observância da norma culta não recai nos deslises que acometem a linguagem espontânea. (D) O que mais obstrue a comunicação de muitos são a impropriedade lexical e a sintaxe mal cozida, desarticulada. (E) Concisa é a linguagem de quem não se mostra subserviente às falácias de um estilo artificioso.
Comentário: Veja a correção: Na (A), "fortuitas" não possui hiato, mas ditongo. Dessa mesma regra, temos as palavras "gratuito" (está errada a forma gratuíto) e o substantivo "fluido". Cuidado com o particípio "fluído". Veja: Comprei um fluido de freio (substantivo) As aulas têm fluído bem. (verbo no particípio) Ainda nesta alternativa, o correto é "reiteram". Na (B), "extorsão"; "recaída". Na (C), "deslizes" (não confundir com "liso") Na (D), verbos terminados em "uir" devem ser grafados na terceira pessoa do presente do indicativo com "ui": obstrui. Gabarito: E
Questão 28: TRT 18ªR 2008 Analista (banca FCC) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se entretém à janela do ônibus. (B) Tentou convencer o jovem a desligar a engenhoca, mas não obteve sucesso nessa tentativa de dissuazão. (C) Que temos nós a haver com o relatório que deixou frustado aquele executivo? (D) Por que não se institue a determinação de por um fim ao abuso dos ruídos no interior de um ônibus? (E) É difícil explicar o porquê de tanta gente sentir-se extasiada diante das iniqüidades de um filme violento.
Comentário: Veja que a correta é a (E), pois "iniqüidades" vem do vocábulo "iníquo" (sem equidade). Esse vocábulo tinha trema, à época da prova. Hoje em dia, devemos retirar o trema. Na alternativa (A), o correto é "misto" (mistura). Na alternativa (B), o correto é "dissuasão". Na alternativa (C), o correto é "temos a ver", "frustrado" (frustrar-se). Na alternativa (D), o correto é "institui" (verbo de infinitivo terminado em "uir" permanece o "i" no presente). Gabarito: E
Questão 44: TRF 2R 2007 Técnico (banca FCC) Quanto ao emprego e à forma ortográfica das palavras, a frase inteiramente correta é: (A) Obsecado pelo mito da eterna juventude, o homem contemporâneo não deixaria de viver as experiências de que cada fase da vida se constitue naturalmente? (B) Na expressão sólido esteio indica-se o papel que se atribue o mercado junto a quem ansia pelo desfrute eterno da juventude. (C) Quem idolatriza a juventude acaba por não viver plenamente os encantos que nos propisciam as outras fases da nossa vida. (D) Quando se vive o que é extemporânio em relação às experiências determinadas pela natureza, deixa-se de usufluir os encantos de cada idade. (E) Se apraz a um surfista valer-se da linguagem que compartilha com outros jovens, por que haveriam as velhinhas de dissimular a que lhes é própria?
Comentário: Veja que a questão aborda aspectos gramaticais gerais, além da ortografia. Nosso ponto principal aqui é observar a grafia das palavras. Outros problemas de emprego do vocábulo serão apenas apontados para evitar estendermos muito nas explicações. Na alternativa (A), o correto é obcecado. Este particípio é gerado do verbo "obcecar", o qual também gera o substantivo "obcecação". Verbos terminados em "uir", quando flexionados na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, terminam em "i": constitui. Além disso, perceba que o emprego do tempo futuro do pretérito do indicativo ("deixaria") transmite uma noção de hipótese, mas o contexto nos mostra certeza. Assim, o ideal seria o presente do indicativo: deixa. Na alternativa (B), verbos terminados em "uir", quando flexionados na terceira pA flexão verbal correta é "anseia" (eu anseio, tu anseias, ele anseia...). Além disso, o verbo "atribui" é transitivo direto e indireto e o pronome "se" é apassivador. Como o seu sujeito paciente é o pronome relativo "que", o qual retoma o substantivo "papel", o objeto indireto deve ser iniciado pela preposição "a" "(ao mercado). Assim, temos: "papel que se atribui ao mercado" = "papel que é atribuído ao mercado". Na alternativa (C), a flexão verbal correta é "idolatra" (quem idolatra). Além disso, o verbo propiciar não tem "s". Assim, o correto é "propiciam". Na alternativa (D), a grafia correta é "extemporâneo" (inoportuno, fora do tempo próprio) e "usufruir" (gerado do substantivo "usufruto"). A alternativa (E) é a correta, pois o verbo "apraz" é o presente do indicativo do verbo "aprazer". Veja que "valer-se da linguagem" é o sujeito oracional deste verbo e o termo "a um surfista" é o objeto indireto (isso apraz ao surfista). Note que "por que" está separado e sem acento por fazer parte de uma pergunta. O verbo "haveriam" está correto no plural. Veja que ele não está empregado como sinônimo de "existir". Ele é apenas o verbo auxiliar da locução verbal "haveriam de dissimular", cujo sujeito é "as velhinhas". Note que o pronome "a", antes do pronome relativo "que", é demonstrativo (=aquela) e serve para retomar "linguagem" (a linguagem que lhes é própria = a linguagem que é própria a elas). Gabarito: E
Questão 21: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC) Fragmento do texto: Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo Reinado, da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase de democratização. Passamos do regime servil para o trabalho livre − ou quase. Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO Se da Monarquia fosse substituído por desta, forma que se tem em outros trechos da sequência, o paralelismo no que se refere à forma de governo não seria prejudicado.
Comentário: Veja que o substantivo "Monarquia" resume o "Primeiro" e "Segundo Reinado". Assim, o pronome demonstrativo que substitui a palavra "Monarquia" pode retomar as duas expressões: "desses". Veja: "Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo Reinado, desses para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase de democratização." Mas a questão enfatizou a continuação do paralelismo, isto é, todos os pronomes demonstrativos retomando o último dos vocábulos anteriores. Entendendo-se que a expressão "Segundo Reinado" é o limite final da "Monarquia", o ideal é realmente o uso do pronome demonstrativo "deste", e não "desta" como pedia a questão. Veja: "Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo Reinado, deste para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase de democratização." Assim, percebemos que realmente se preservou o paralelismo com o pronome deste (e não "desta") porque cada pronome demonstrativo retoma a última palavra do termo anterior. Gabarito: E
Questão 16: É correto perceber no poema uma equivalência entre (A) ferrugem e aventura. (B) dente e entusiasmo. (C) caderno e vida. (D) sementes e pão do dia. (E) ferro e atração núbil.
Comentário: Veja que o terceiro e quarto versos são paralelos, ligados pela conjunção "e". Isso mostra a junção de mesmas ideias, mesmos princípios. Veja abaixo o poema com as palavras das alternativas em destaque e em seguida o significado dessas palavras. Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia;(amanhecer) pois que nestes dias a aventura (vontades, desejos) parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: (trazer consequências boas, nova vida) que desta vez não perca esse caderno sua atração núbil para o dente; (casamento, enlace) X (problema) que o entusiasmo conserve vivas (vontade, desejo) suas molas, e possa enfim o ferro (nosso desejo) comer a ferrugem (nossos problemas) o sim comer o não. Gabarito: C
Questão 40: TRE PE 2004 Analista (banca FCC) Encontram-se palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Algumas tribos indígenas almejam a expansão de seu território, com a demarcação oficial da área que habitam. (B) A visão de um paraíso natural onde índios vivam em harmonia parece estar em desacordo com a atual realidade extrativista. (C) Os colonizadores demonstraram enorme incomprenção dos costumes indígenas, regeitando-os, devido a sua formação religiosa. (D) Uma hipótese consiste em reconhecer certos direitos dos índios, como a utilização sustentável da floresta, que gera recursos para as tribos. (E) Existem as chamadas unidades de conservação, cujo objetivo se volta para a manutenção da floresta e especialmente para animais em risco de extinção.
Comentário: incompreensão e rejeitando-os. Gabarito: C
Questão 12: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC) Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações. Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO) Na linha 2, a forma "preocuparam-se" exemplifica a existência de verbo que aceita um pronome oblíquo átono do mesmo número e pessoa do sujeito, o chamado verbo pronominal.
chamado verbo pronominal. Comentário: O verbo "preocuparam" possui o sujeito "os primeiros filósofos gregos". O pronome "se" refere-se à terceira pessoa do plural, conforme o verbo e o sujeito a que ele se refere. Assim, o verbo realmente é chamado de pronominal. Gabarito: C
Questão 7: TRE PE 2004 Analista (banca FCC) As palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica em agrária e países são, respectivamente, (A) sufrágio e possível. (B) média e obrigará. (C) domínio e saído. (D) constituída e salário. (E) histórico e torná-los.
omentário: A palavra "agrária" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo oral; enquanto "países" tem acento por possuir hiato "aí". (A) sufrágio (paroxítona terminada em ditongo oral) e possível (paroxítona terminada em "l"). (B) média (paroxítona terminada em ditongo oral) e obrigará (oxítona terminada em "a"). (C) domínio (paroxítona terminada em ditongo oral) e saído (hiato "aí"). Por isso é a correta. (D) constituída (hiato "uí") e salário (paroxítona terminada em ditongo oral). (E) histórico (proparoxítona) e torná-los (oxítona terminada em "a"). Gabarito: C